Trabalho em Congonhas há 6 anos. Desde quando entrei na aviação, já apaixonado por aeronaves, já sabia que a pista é curta demais e o aeroporto opera no limite da capacidade e da segurança. Mas, mesmo assim, os vôos se concentram aqui porque há uma preferência dos passageiros em pousar no meio da cidade. Se houvesse meio de transporte decente de GRU pra cá, com certeza a verdade seria outra.
Não sei se alguém viu a entrevista do Bologna (presidente da TAM) ontem: o cara está tão calmo, tão calmo, que (Deus que me perdoe) parece que o acidente foi combinado.
Todos sabemos das restrições da pista de CGH. O peso máximo de pouso é de 64T. O avião deles vinha com 63T, em língua nativa diríamos, "no talo".
O tal grooving, não intereferiria diretamente no acidente. Segundo o próprio vice-presidente de operações da TAM, SR. Fajerman, x-Varig, caso ouvesse o grooving, o peso máximo de pouso aumentaria. Não me impressionaria ver a TAM pousando um A380 em CGH pra poder vender mais passagens.
De toda essa sujeira, me impressionou mais ainda a parcialidade da TAM para com o governo federal: eles têm um acordo. Não é possível! Tem carne debaixo de angú!
Primeiro a falência da Varig que agonizou anos com a grana que o governo deve à eles presa. Mesmo ganhando TODAS AS CAUSAS na justiça. Ponto pra TAM.
Depois a pressão da ANAC, orgão que não controla nada, só obedece, para que os slots da Varig fossem "passados" pra TAM. Outro ponto.
Enfim, muita coincidência, muita conivência. É espantoso esse mar de lama espalhado e o presidente da TAM tão calminho com o governo.
Cedo ou tarde esse angú revelar-se-á. E daí pra frente, serão nossas as palavras do Caetano Veloso:
"E aquilo que nesse momento se revelerá aos povos/Surpreenderá à todos não por ser exótico/Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto qdo tera sido o óbvio..."
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