14.2.08

Mr. Madman in Brazil


Há uns 12 anos atrás um amigo me emprestou um disco que mudaria pra sempre a minha vida. Era um "Greatest Hits" do Black Sabbath, com os maiores sucessos da banda até então... A primeira faixa, "War Pigs", me fez entender o que é que realmente é música no mundo. A segunda, "Paranoid", me mostrou que pop mesmo é o que povo quer que seja pop. A terceira me ensinou a amar a distorção, a guitarra e a bateria... além, claro, de vocais com vontade, interpretação e cheios de personalidade. Era "Iron Man" que eu estava escutando...
Resolvi transpor a barreria do CD e fui atrás pra descobrir o que era o Black Sabbath. Descobri que eles eram, simplesmente, os pais de tudo e de todos. Os senhores supremos, os criadores, os donos do hard rock e metal mundial. Pouco tempo depois compreendi que, sem Iommi, Butler, Ward e Ozzy, o mundo não teria a mesma graça.
Li na história que Ozzy tinha saído do Sabbath e que seguia carreira solo. Fui atrás... um, dois, três, sete discos mais tarde, passei a chamá-lo de "pai".
Com alguns amigos, descobri que Ozzy não se escuta, se cultua. Descobri que ouvir Sabbath não é só sentar e ouvir Sabbath, é aprender, é o passo-a-passo de como se faz música, de como se constrói solos, riffs e de como se canta com alma, com vida.
Esse tempo todo esperei aflito pela chegada do Mr. Madman ao Brasil. Sempre com o pé atrás, afinal, fez tanto na vida que está mais acabado e mais gagá que minha bisavó... e eu não sabia se ele duraria a ponto de voltar ao terceiro mundo.
Esse ano, durante minhas férias, serei presenteado com a passagem do Mr. Madman ao Brasil. Pago o quanto for preciso, durmo na fila um dia antes pra poder ver de perto um dos únicos alicerces do metal ainda vivos nessa terra quase sem graça...




God bless you all!

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