25.2.08

Chove sem parar...

Domingo, ensaio marcado, compras pra fazer, mulher, bebê e carrinho.
Acordei cedo. Eram 9h48, num domingo. Cedo, né!? Pois é... Esperei ver um céu amistoso, ensolarado, que me enchesse de coragem. Nada feito. Ele tava cinza, feio e com cara de quem, mais cedo ou mais tarde, derrubaria sua fúria em cima de mim. E não deu outra.
Tomei, banho, dei banho no nenê, arrumamos a tralha de passeio e saímos rumo ao mercado. Na porta ainda ouvi a recomendação:
- Não levem o bebê. Vai chover.
Na ida, tudo muito rápido. Um no mercado com o nenê, a outra no sacolão. Faz as compras, se encontra e começa a volta. Chuva. Chuva forte.
Corre com o carinho na ladeira, se enfia embaixo de um toldo sem graça e espera. A chuva ameniza. Continua a via sacra. A chuva aperta, sem saída, a gente corre. No carinho o nenê, ao contário de qualquer outro, se divertia! Ria, gritava, batia palma, curtia, enfim... festa pra chuva! A gente se enfia na entrada da padaria. A dona da recomendação aparece com dois guarda-chuvas. Enspados, porém protegidos, voltamos pra casa.
Tomo banho, preparo as tralhar, almoço. Saio pro ensaio. Mais chuva. No ponto de ônibus a espera é de 25 minutos. A chuva aperta. O ônibus não chega. Começa o susto.
A água começou a se acumular em pequenas poças. Por estar um lugar baixo, o ponto final aguenta toda a água que desce do bairro. Na mesma rua, mais a frente, está um "riozinho". Já dá pra sacar, né!? Pois é...
Aumentou, aumentou e aumentou. Subi no banco do ponto de ônibus. Já sem saber o que fazer. Num surto, resolvi correr até o orelhão (deixei o celular em casa) ligar pra avisar alguém que eu estava quase completamente ilhado. Ninguém atendeu. Pensei:
- Já saíram pro ensaio. Agora fodeu.
Corri de volta pro banco. Começou a demorar e eu não estava mais afim de ficar ali, parado. Foi aí que me fodi. Desci do banco com a água um pouco acima da canela e foi até o "riozinho". Muita água. Pelo joelho.
Água podre, fétida. Sacola, tronco, lixo, galho, folha... tudo passando e enroscando nas minhas pernas. Nojento. No meio do caminho caí em mim e disse "foda-se". Meu pai me ensinou que "se está no inferno, abrace o capeta". Ignorei o asco que eu sentia ao sentir aquelas não-sei-o-quê passeando na minhas pernas. E fui.
Cheguei em casa, tomei um belo banho, joguei o tênis numa "emulsão" de sabão em pó, água sanitária (Quiboa! rs...) e lysoform, coloquei a roupa de molho e me atirei morto ao sofá.
Hoje fiquei sabendo que não teve ensaio. Graças à Deus.

3 comentários:

Anônimo disse...

Hahahaha, que dia, amigo! Mas tudo bem, pelo menos o teu time ganhou. E, pasmem, é o único time grande de SP que estaria nas semifinais do Paulistão! Humpf.

Aldrin Iglesias disse...

Esperamos q vc n tenha se esquecido de algum MACHUCADO n perna ...

Depois da denúncia q nem um jornalista cultural teria muita coragem de fazer, vc nos escreve uma crônica?
Bom ... Muito bom ...

Dê um beijo em seu bebê por mim!

desculpe eu ter sumido.

Felippe disse...

Sem você não teria ensaio nunca!

mas tirando o perrenge, fala a verdade, você nunca tinha tomado tanto banho em toda a sua vida, hein?!!

banho na rua, banho em casa... banho na rua, banho em casa... rsrsrs

Abraço!!