30.6.08

Do absurdo...

A nova lei seca sancionada pelo presidente (que dizem tomar todas) é a mais rígida do mundo. A pessoa que for flagrada dirigindo com mais de 1mg de álccol por litro de ar expelido no bafõmetro, além de pagar multa de R$955, perder 7 pontos na carteira, perder o direito de dirigir por um ano e correr o risco de ser preso, ainda terá o carro apreendido. Vale lembrar que o cidadão paga pela apreensão do carro e pelos dias que o mesmo passar no pátio do DETRAN. Legal, né!?
 
Ao Sr. Presidente da República, as minhas mais sinceras congratulações. Sair de casa, ir pro trabalho e parar pra encher o caneco na Granja do Torto de motorista é fácil... difícil é comer um bombom com licor e ser preso por estar "alcoolizado".
 
No Brasil é rotina... primeiro se pune, depois se ensina. Os projetos para melhorar o transporte público não desenvolvem. Se o indivíduo sai pra um bar, precisa ir embora antes da meia-noite, senão não chega em casa de ônibus. No metrô, ninguém faz baldeação depois da meia-noite, os táxis, que rodam em "bandeira 2", saem uma fortuna e os trens da CPTM depois das 23h são extremamente desconfiáveis.
 
Como vêem, leitores, é fácil beber e não dirigir: basta passar a noite no bar! No outro dia, lá pelas 5h, você pega o ônibus (que provavelmente já estará cheio) e volta pra casa.
 
Mais um ponto pro apedeuta. Valeu, Presidente!!!

27.6.08

Das manias...

Tenho lido as mesmas notícias sempre. Desconfio que no Brasil, a grande maioria das pessoas sofra de algum vício. Um deles, talvez o pior de todos, é o de imitar os outros.
 
Há um tempo surgiu na TV e nos jornais a notícia de uma mãe que acorrentou as filhas pra elas não usarem mais droga. Se somarmos os casos agora, já estão na casa dos duzentos. E tem variações! Como aquela figurinha prateada do Pelé no álbum da Copa do Mundo...
 
Umas acorrentam pelas pernas, outras pelos braços e outras pelo pescoço! Sob a alegação de "protejer" o filho, mães desesperadas acorrentam seus filhos pelo pescoço mas tem a preocupação de que a corrente seja grande o bastante para ele ter acesso à cozinha, à sala e ao quarto. Brilhante, né!?
 
Tudo bem... mãe é mãe e, ao meu ver, isso é desespero. Mas corrente? Fala sério... O mais intrigante é que vira hit! Assim como a "Égüinha Pocotó" num desses nem tão distantes verões...
 
Vai entender...

25.6.08

Luto

Faleceu ontem em São Paulo, a ex-primeira-dama, Ruth Cardoso.
 
Essa nota vocês já devem ter lido várias vezes. Minha função aqui não é dar a notícia, mas sim comentar a notícia.
 
Perdemos uma mulher importante. Uma mulher que não viveu à sombra do marido e que não se preocupou em lançar modelitos. Determinada e sensível, Dona Ruth lutou pelo nosso país mais que qualquer outra primeira-dama poderia ter lutado.
 
Tem um currículo invejável... a professora Ruth, que dizem ter dado aula para o grande Juca Kfouri, se portava discretamente, levava sua vida intelectual e acadêmica separadamente da vida do marido.
 
O ditado é correto, amigos: por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher.
 
Essa é minha singela homenagem a uma mulher que mudou um pouco a cara do nosso país.

19.6.08

Ressaca...

No escuro do quarto, preguiça. O gosto de vodka ainda estava na sua garganta... O sol já passava pelas frestas da venesiana. Devia estar muito quente lá fora. Se levantou vagarosamente, cuidando pra não balançar a cabeça rápido demais. No estômago vazio, a sensação da bebida balançando sem parar ainda sem ser digerida. Enjôo.
Levou a mão à testa e fechou os olhos... abaixou a cabeça e deixou-se despencar na cama novamente. Era inútil qualquer esforço de sair daquela posição. Tateando procurou o celular no criado-mudo. Olhou as trinta e seis chamadas não atendidas, mas não reconheceu o número. Virou-se de lado e avistou a carteira, as chaves do carro e de casa.
No digital do celular, dez e quinze da manhã. Sábado. Ensolarado, de pelada marcada, churrasco com um monte de homem, risadas e... coragem. Falta coragem...
Se arrastou pelo corredor, arrancou a roupa no meio do caminho e entrou no chuveiro. A água batia em sua cabeça e provoca sons ensurdecedores dentro dela, quase uma tortura. Levantou o rosto e bebeu água do chuveiro. Tomou seu banho e voltou para o quarto. Olhou a cama... atirou-se desesperadamente, abraçou e travasseiro e soltou um sonoro "caralho!" que, abafado, mal fez-se ouvir. Sem coragem...
Pego o controle remoto, zapeou a TV em busca de algo que o entretesse até voltar a dormir pra tentar se recuperar. Parou na "TV Xuxa" e, pensando na vida, voltou a dormir.
Quando acordou era domingo. E a velha promessa voltou à tona:
- Nunca mais bebo assim de novo!

 

Na segunda chegou atrasado ao serviço. O churrasco durou mais que o esperado...

Tudo é cíclico, amigos.

18.6.08

"- Em São Paulo, sete horas e quatro minutos.
- Repita!
- Sete e quatro.
O dia amanheceu com muita névoa e frio na capital paulista. O aeroporto de Congonhas continua fechado para pousos e opera com auxílio de instrumentos para as decolagens. As aeronaves estão sendo alternadas para Guarulhos, na grande São Paulo, Vira Copos, em Campinas e Galeão, no Rio.
A previsão é que a temperatura suba gradualmente. A máxima para hoje é de 21ºC."

Delícia. Não há como esconder a minha felicidade ao sair de casa com a visibilidade reduzida a uns 800m, talvez. Estava frio sim. De manhã, uns 13ºC... fumaça saindo da boca, toca, blusa fechada e fone de ouvido. Na rua, silêncio. Mudei para a nova "Mitsubishi FM", 92,5... de garbo, hein!? Super rádio... só som de categoria. Muito bom mesmo...

Um jazz de leve pra alegrar o dia. Depois, surpresa: pra aumentar minha vontade insana de contemplar o frio e a névoa, eles tocaram The Smiths, "There's a light that never goes out". Cantei sorrindo, parado no ponto de ônibus.

O motorista novo da linha é meio nojento... pontualíssimo, o infeliz. Se eu demoro um minuto a mais me despedindo, tenho que trancar o portão e sair correndo. Mas hoje, saí com três minutos de vantagem sobre o 017. Ainda bem... Tava vazio, tranqüilo, tudo calmo. Achei até estranho... por uma fração de segundo Osasco se pareceu mais com Londres: não dava pra ver nada lá fora.

Enfim... dias cinzas, dias felizes. Eu adoro quando o dia contempla os tons neutros. Nada de suor, de gente pingando na rua cheia de fumaça, de barulho. Tinha gente encolhida, de preto - aliás, vale ressaltar, no frio todo mundo é muito mais elegante - cachecóis, sobre-tudos, chapéus... que beleza. Adoro o frio...

15.6.08

Teste de post por email...
 
Se funfar, to feito!!!


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Vivo...

Pessoal, pessoal...

Gente... sumi, eu sei. Mas não morri...

A verdade é que a empresa bloqueou geral todos os acessos à sites pessoais, páginas de esportes, mídia em fluxo, entretenimento e tudo o mais que julga ser 'perda de tempo'. Em suma, me arrancaram meu blog.

Esse espaço é muito importante pra mim. E me alegra saber que pessoas como o Fábio e a Laís vieram atrás pra tentar se comunicar comigo. Legal... o blog 'fez público' e isso pra mim é a realização de um desejo antigo.

Estou postando de casa agora... tarde da noite, do notebook que não tem a mesma configuração de teclado que eu conhe;co e, talvez por isso, ocorram alguns erros de português, então, perdoem-me se eu assassinar a gramática.

Tinha vários textos pra publicar aqui, mas todos estão salvos no computador do trampo. Agora, não me lembro de nada que seja realmente relevante, porém, deixo aqui o registro de que estou vivo, que a censura não me pegou (como pegou o Fábio apoiando - mais que corretamente - o grande Gabeira) e que vou levar o blog adiante, pois, existe um meio de postar via e-mail e será esse meu recurso. Eu estou de volta amigos, acreditem!

Amo esse espaço e tb sei que tem gente que gosta. Por isso, aguardem. ESTOU VOLTANDO!

Pau no gato. NINGUÉM ME SILENCIA!

Abraços.