tag:blogger.com,1999:blog-17686071174883444222024-02-21T00:02:23.136-03:00O que silencia?Literatura de balcão...Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.comBlogger260125tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-24654503939792470242013-02-14T16:38:00.002-02:002013-02-14T16:38:45.658-02:00eu não me auto destruo<br />
eu não me auto destruo<br />
isso é auto punição, é penitência<br />
é a maneira mais doentia e mais dolorosa de encarar os fatos da vida<br />
de encarar os erros<br />
as mentiras<br />
as dores<br />
as promessas não cumpridas<br />
no fundo de cada copo e de cada garrafa, lá está a salvação<br />
no último gole, a certeza da confissão<br />
quando tudo acaba e sobram cascos, cinzas, bitucas, farelo<br />
quando a luz se apaga e a porta se fecha<br />
quando eu me dou conta de que nada passou<br />
que nada adiantou<br />
me reencontro com a minha dor<br />
e tenho certeza que ainda preciso resolver minha vida<br />
<br />
é essa a hora que mais machuca<br />
é nessa hora que mais aprendo<br />
que me arrependo<br />
e que sigo tentando aprender novamente<br />
errante<br />
mas seguindo em frenteAldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-39454203904748452772013-02-07T16:53:00.005-02:002013-02-07T16:53:30.269-02:00Dez pras seis...<br />
tem alguma coisa querendo sair de dentro de mim<br />
mas eu não consigo saber o que é<br />
e aí fico assim<br />
sem conseguir ficar quieto, balançado o pé<br />
rou as unhas, coço a cabeça<br />
levanto pra tomar água e acabo pegando um café<br />
me sento de volta à mesa e não consigo mais<br />
ter paciência<br />
ter vontade<br />
ter coerência<br />
ter qualidade<br />
a cabeça dói, o estômago esfria<br />
sinto algumas palavras socando minha barriga<br />
não respiro<br />
o tempo se arrasta<br />
o trabalho não anda<br />
o expediente não acaba<br />
e não chega o final de semana<br />
e não chega o final de semana<br />
e não chega<br />
o final<br />
de semana...Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-6066002210998405832013-01-24T16:26:00.000-02:002013-01-24T16:26:29.802-02:00Digestão (lembrança)<br />
é impressionante a capacidade que os humanos tem de comer um ao outro sem sentir absolutamente nada. somos plenos canibais de sentimentos. mastigamos sem pudor qualquer carinho, ódio, admiração, respeito, amor, dedicação, entrega... mastigamos, digerimos e cagamos. cagamos e andamos para tudo que os outros sentem por nós e pelo que nós sentimos pelos outros.<br />
dia desses, bebedeira infernal e lamentos corriqueiros, pra espantar a merda fresca que é a solidão naquele quartinho abafado do centro da cidade, resolvi que iria no puteiro. resolvi por resolver. não estava afim de sexo, sexo. tava afim de compartilhar qualquer coisa que ainda existisse em mim depois de tanto tempo apanhando da vida.<br />
entrei, peguei um bourbon e me sentei no balcão. humanos do sexo feminino de diversas raças transitavam num ambiente esfumaçado, cheirando a lavanda e cigarro e mofo. umas luzes coloridas alteravam o rosto das pessoas de modo que não dava pra saber se a moça parecia a Pamela Anderson ou o Dee Snider. difícil. uma delas se sentou ao meu lado.<br />
ficou quieta, me olhando. depois me chamou de "Grandão" e perguntou se eu não queria pagar uma dose pra ela. não importa em que lugar da galáxia você esteja, esse protocolo tem que ser seguido. ela bebeu meia dose numa golada e me encarou. pegou no meu pau, mole, e perguntou se eu queria subir. disse que ficaria por ali, conversando um pouco e pagaria outra dose se ela quisesse.<br />
ela quis.<br />
eu não disse duas palavras a mais e ela começou a entrar no papo. tomamos umas 3 doses cada um e ela pulou pro meu colo. me arranhava a nuca, me mordia a orelha e se esfregava em mim vigorosamente, até sentir que eu tinha reagido.<br />
- adoro homens do seu tamanho...<br />
- é?<br />
- quero te chupar... vem?<br />
- não pago.<br />
- eu disse que cobraria? - e me arrastou corredor a dentro.<br />
ela se ajoelhou e fez um belo serviço. um boquete sensacional, molhado, cadenciado... mordiscadas na medida certa, língua no saco no momento oportuno, engolidas até o talo sem engasgar. passava a cara no meu pau, gemia, beijava a cabeça. uma mamada completa e divina.<br />
ela sacou que eu ia gozar. abriu o sutiã e deixou a porra banhar aqueles mamilos duros, apontando para o meu rosto. limpou tudo com a língua. eu estava intacto e pronto pra mais uma.<br />
ficou me olhando, ainda ajoelhada.<br />
fechei o zíper, apertei o cinto, joguei a camisa nas costas e, antes de sair, vi que ela ainda me olhava. me olhava de um jeito profundo. os olhos esperançosos, intensos. eu não soube o que fazer. hesitei. mas me virei e saí.<br />
deixei a grana sobre o balcão, instintivamente virei pra trás e lá estava ela, com aquele rosto distorcido, os olhos intensos, negros e tristonhos, me olhando partir.<br />
to deitado na cama e não tenho sono. os olhos dela não saem da minha cabeça.<br />
não digeri os sentimentos da garota. espero que ela tenha digerido o que engoliu de mim.<br />
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-52020032625725553292012-12-20T15:13:00.001-02:002012-12-20T15:13:26.826-02:00Poema Angustiado<br />
É o dia que não começa<br />
E quando começa não acaba<br />
É a tarde que nunca chega<br />
E quando chega passa voando e<br />
Traz a noite que dura dias<br />
<br />
Horas que voam quando deveriam arrastar<br />
E arrastaram quando deveriam voar<br />
<br />
Dia que dura semana<br />
Semana que dura um mês<br />
Mês que dura um ano<br />
E um ano que dura um século<br />
Um século que eu não sei mensurar<br />
<br />
Isso tudo é o medo que me dá<br />
Só de pensar em ter que esperar pra te encontrar<br />
<div>
<br /></div>
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-72645855547760285702012-12-14T15:53:00.003-02:002012-12-14T15:53:35.563-02:00A arte de esperar em vão - eu<br />
A gente não consegue mesmo<br />
se acostumar com certas coisas.<br />
Na maioria das vezes são coisas pequenas<br />
que crescem<br />
inflam<br />
incomodam<br />
e passam a machucar<br />
apertar<br />
espremer<br />
macerar e aí<br />
dilacera.<br />
arranca um pedaço pequeno a cada segundo<br />
num minuto te tirou quantidade significativa<br />
de sentimento<br />
de auto estima<br />
de sanidade<br />
de paciência<br />
e assim, no final de um dia<br />
de todo resquício de esperança.<br />
Vem com a chuva, mas não vai embora com ela.<br />
Nem quando o sol ressurge e as plantas secam.<br />
Isso continua ali e precisa ser expulso<br />
DE QUALQUER MANEIRA.<br />
Aí você respira fundo,<br />
Resigna-se.<br />
Olha em volta, engole o choro<br />
mastiga as palavras que poderiam machucar alguém<br />
cala-se por alguns instantes<br />
corre prum pedaço de papel e rabisca.<br />
Rabisca e escreve um sentimento que te devora à toa.<br />
Ou que você alimenta à toa.<br />
A arte de esperar em vão<br />
É ainda mais vã quando não sabemos o que estamos esperando.<br />
<br />
<i>"These words I write</i><br />
<i>Keep me from</i><br />
<i>total madness." - Charles Bukowski</i><br />
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-46560943603174024132012-10-15T17:47:00.003-03:002012-10-15T17:47:31.570-03:00Epifania<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">resolvi escrever pra me sentir vivo de novo. to sufocado, desesperado,
semi-morto, completamente lúcido, amarrado dentro de mim mesmo, a maldita jaula
física que limita nossos dias, nossa maneira de viver a vida e nos acorrenta a
uma sociedade de semelhantes diferenças sutis que nos fazem um só aglomerado de
corpos, cabeças não pensantes, mentes hibernantes, caminhando todos os dias pra
lugar nenhum tentanto encontrar coisa alguma.<br />
porque acordei de madrugada e vi meu corpo estendido, imóvel na cama, cansado,
fudido e frustrado por ter de fazer o que todos fazem numa luta incessante por
um sucesso parcial e controlado, um triunfo dos outros, uma vitória de todo
mundo que joga o mesmo jogo, luta a mesma luta.<br />
porque estou preso e se eu gritar ninguém vai ouvir e se alguém ouvir não vai
entender porque gritar não é maneira de manifestar indignação e sim de
manifestar loucura para uma sociedade doente que se julga sã para julgar os
insanos.<br />
resolvi escrever para anestesiar a dor que eu sinto.<br />
o medo que acua.<br />
o fracasso que persegue.<br />
a vegonha que derruba.<br />
o presente que me negam<br />
o passado que me condena<br />
o santo, o demônio<br />
o bonito e o feio<br />
a falta de futuro.<br />
o brinde dos enfermos.<br />
o começo do desespero coletivo ao descobrir que o sono que vivemos tende a ser
o nosso fim.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<i>"a vida está na concretude da merda que move o mundo</i><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt"><i>
a vida está na indústria impulsionada a sangue humano<br />
a vida é comer e cagar. e logo preciso comer de novo<br />
ou encontrar com quem fazer amor<br />
ou participar da matança geral, ou esfolar um porco<br />
qualquer coisa que me ponha em contato com a vida chamada real..."</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span lang="pt">Marcelo Rubens Paiva, em "Blecaute".</span></div>
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-36432655584340255122012-09-25T11:35:00.004-03:002012-09-25T11:35:46.917-03:00e a gente segue tentando escrever, tentando acertar, tentando mudar, lutando pra não perder e quase sempre sem conseguir fazer nada.<br />
<br />
<em>Rabisco.</em><br />
<em>Apago.</em><br />
<em>Rabisco outra vez.</em><br />
<em>Risco.</em><br />
<em>Rabisco.</em><br />
<em></em><br />
<em>Tudo isso porque não sei escrever.</em>Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-79754135424609883312012-09-20T16:17:00.000-03:002012-09-20T16:17:15.145-03:00untitledo cinza do dia invadiu minha casa<br />tomou conta das paredes<br />dos quadros, do sofá<br />do criado mudo e do lençol da cama<br />
<br />
tingiu as flores do para peito<br />a samambaia da parede<br />meu maço de cigarros<br />o bloco de anotações e minha taça de vinho<br />
<br />
o cinza lá de fora tingiu minhas roupas<br />a armação do meu óculos<br />a cor dos meus olhos, meu cabelo<br />e o cadarço do meu tênis<br />
<br />
mudou a cor da tinta da caneta<br />das capas dos meus discos<br />de todos os livros da prateleira<br />
<br />
só a tua foto na minha mão ainda tem corAldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-10824428378026115352012-08-23T00:15:00.004-03:002012-08-23T00:15:44.402-03:00Sou só euestranho pensar que o que penso dificulta o caminho dos outros<br />mais estranho ainda pensar que as minhas escolhas afetam o caminho dos outros...<br />
<br />não nasci pra dar exemplo<br />não nasci pra ser seguido<br />tampouco espero que repitam o que eu fiz<br />ou o que faço<br />
<br />
não sou ninguém<br />não sou alguém<br />nunca fui nada...<br />
<br />o que eu carrego em mim, sou eu mesmo<br />e é isso só<br />
<br />
eu<br />
um bocado erros<br />dois ou três acertos<br />pelo menos dez mil arrependimentos<br />sou eu<br />
<br />
o que nenhum Deus mudará<br />o que nenhum vento alterará<br />eu<br />só isso<br />
<br />sem mais ninguém<br />sem mais nadaAldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-61774220316948226402012-08-20T18:22:00.000-03:002012-08-20T18:22:10.171-03:00<div class="MsoNormal">
Fé e desesperança<br />
Crença e solidão<br />
Fé e medo<br />
Ódio e paixão<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Amor e descrença<br />
Cabeça e coração<br />
Paciência e desespero<br />
Prudência e impulsão<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No silêncio vida<br />
No barulho emoção<br />
Tantas vezes pequeno<br />
Tantas outras campeão<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Perco e ganho<br />
Erro e choro<br />
Bagunço, grito e decepciono<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Às vezes reconheço<br />
Às vezes ignoro<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Às vezes alguém<br />
Tantas outras ninguém....<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Sou eu mesmo, o trocado,<br />
O emissário sem carta nem credenciais,<br />
O palhaço sem riso, <br />
o bobo com o grande fato de outro,<br />
<br />
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.<br />
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.<br />
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sou eu mesmo, a charada sincopada<br />
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.”<br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Obrigado, Fernando!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(Bethânia cantará o resto de mim com a letra de Caetano...)<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=3qTSNWx5QqA" target="http://www.youtube.com/watch?v=3qTSNWx5QqA">O Quereres</a><o:p></o:p></div>
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-30782692417656053402012-07-19T18:09:00.002-03:002012-07-19T18:09:42.321-03:00não estou acostumado a ficar tanto tempo sozinho.<br />
na verdade sempre me achei um tanto mimado. sempre tinha alguém do meu lado, cuidando de mim, me ajudando a fazer as coisas, resolver meus problemas... agora to desamparado. fudido. esse choque com a vida real é extremamente horripilante. nunca vi nada parecido.<br />
na real, preferia não ter saído de onde estava. afinal, aquilo ali não ia pra frente, mas também não ia pra trás. a gente fecha os olhos e pula sem pensar no que vem pela frente.<br />
"dê o passo que a ponta estará lá"... isso é lorota de monge do Tibet. aliás, é muito fácil pensar nessa profundidade da vida quando se abriu mão de tudo pra viver meditando numa montanha isolada do mundo. quero ver levar a vida a sério aqui embaixo, onde impera a lei do mais forte, a lei do dinheiro, da carreira, da imagem. ninguém aqui embaixo tá dando a mínima pro sentimento, pros valores, pros monges e pra ninguém.<br />
é um mundo de pedra que ninguém encara sozinho. um caos.<br />
lá fora, aqui dentro, dentro de mim e dentro da minha cabeça. um caos.<br />
tormenta.<br />
baderna.<br />
barulho.<br />
nenhum álcool.<br />
oco.<br />
<br />Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-7299576289132097792012-04-09T22:09:00.002-03:002012-04-09T22:09:08.161-03:00<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não consigo expressar o que sinto</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">consegui.</span><br />Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-16078693648528124862012-01-05T00:23:00.000-02:002012-01-05T00:23:02.991-02:00<br />
uma vida acaba. a cabo. deram a vida a cabo.<br />
um dia acaba. outro dia acabo. eu acabo um dia. do meu jeito.<br />
eu dou meu fim ao dia.<br />
amanhã começa. outro dia termina. tudo assim.<br />
vai. vem. vai. vem.<br />
as vezes volta, mas é tudo ida e volta. tudo vai e vem.<br />
tudo o que é lá de fora. tudo o que não vem.<br />
a mim. e a você.<br />
o nosso nunca passa. o que é nosso sempre vem.<br />
nunca vai. sempre vem.<br />
e que venha cada vez mais.<br />
que venha mais e vezes cem.<br />
vezes eu, vezes você, vezes nós dois...<br />
vezes o que é meu e seu. o que é vida.<br />
o que será nosso. pra sempre.<br />
meu e seu.<br />
o que é nosso não vai.<br />
o que é nosso sempre vem.<br />Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-18137857472256263012011-11-16T21:36:00.001-02:002011-11-16T21:36:31.026-02:00Você<br />
mesmo enquanto eu passava dias imaginando<br />
pedindo, implorando<br />
nunca deixei de acreditar que um dia<br />
você apareceria<br />
pra me livrar daquele peso no peito<br />
pra desatar aquele nó da minha garganta<br />
pra se enfiar no meu coração<br />
e preenchê-lo por completo<br />
<br />
sorte a minha, hein?<br />
por não perder a fé nem a vontade<br />
e por me deixar cair em seus braços<br />
e entrar na minha vida<br />
ocupando todos os espaços<br />Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-87950507740677859992011-10-31T11:01:00.001-02:002011-10-31T11:01:31.363-02:00Untitled<br />
torto<br />
um pouco<br />
nada que ateste<br />
que sou louco<br />
por ter você aqui<br />
por querer dividir<br />
você<br />
e eu...<br />
pouco<br />
louco<br />
tudo que complete<br />
um grito rouco<br />
de ajuda ao desespero<br />
por não te ter aqui<br />
te ver sair<br />
e eu...<br />
tão certo de que tudo era meu<br />
num instante esperto, seu<br />
te ver sair sem poder dizer<br />
sem saber contar<br />
tudo o que se perdeu...<br />
triste<br />
um pouco<br />
nada que me faça chorar<br />
você<br />
ou eu...<br />
rouco<br />
louco<br />
torto<br />
tudo sem você é só um pouco...<br />Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-44807839422659817972011-09-16T15:56:00.001-03:002011-09-16T15:57:19.296-03:00Instinto<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt">tudo era instinto e desejo<br />
caloroso processo de apego<br />
se entregando como escravos<br />
condenados aos próprios afagos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-autospace: none;">
<span lang="pt">gemidos, abraços e apertos<br />
unhas que cravam, dentes que mordem<br />
línguas que lambem, bocas que beijam</span></div>
Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-13787307103422140212011-04-12T01:00:00.003-03:002011-04-12T01:01:54.030-03:00Entrega...Pensamentos que, de súbito, invadem minha cabeça e não cessam se eu não os escrevo...<div><i><br /></i></div><div><i>"usa sem pedir desculpa</i></div><div><i>abusa</i></div><div><i>usa até gastar</i></div><div><i>até rasgar</i></div><div><i>estou aqui pra te servir</i></div><div><i>pra te ver sorrir</i></div><div><i>pra te fazer suar"</i></div>Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-341964106396227762011-02-25T15:16:00.000-03:002011-02-25T15:17:04.782-03:00Amor de plástico<div>saiu do baile com o sol na cara. sentia a vodka no balançar no estômago vazio enquanto andava sozinho voltando pra casa. quarta-feira de cinzas abafada, pesada, densa. na boca ainda sentia o melado do lança-perfume que cheirou a madrugada inteira e que usava como moeda de troca pra conseguir uns beijos. aquele, de fato, não tinha sido um dos melhores carnavais de sua vida. nem da de ninguém, pensou.</div><div>caminhava lento, tentando não balançar demais o corpo pra não vomitar na rua. via um pessoal saindo do salão, ainda com máscaras e fantasias, fazendo farra, bebendo e se sentiu só. pensou em como o ser humano é dependente. e mesquinho. sentiu vontade de chorar, mas engoliu seco. não vai adiantar porra nenhuma, pensou.</div><div>lembrou da última que aceitou trocar um beijo por um jato de lança e que acabou trocando muito mais que isso. e baforando muito mais também. ela era bonita, pelo menos na penumbra do salão. não entendia como as pessoas se sujeitavam aquilo, mas não questionava. afinal, eu também to fazendo parte disso, pensou.</div><div>sentiu um vazio no peito. parou de andar. vomitou no ponto de ônibus e entrou no primeiro bar que encontrou. pediu vodka, energético, papel e caneta. sentou numa mesa, bebericando e escrevendo. pediu outra dose. e mais uma pra finalizar o energético. comeu um sonho de valsa, comprou um trident pra se livrar do ácido do vomito que estava em sua boca e finalizou o cartaz.</div><div>voltou pra rua, colocou os óculos azuis e a gravata borboleta que usava como fantasia e pendurou na camisa o papel, onde lia-se, em letras garrafais:</div><div><br /></div><div style="text-align: center;">AMOR DE PLÁSTICO</div><div style="text-align: center;">ALUGO CORAÇÃO PRA TEMPORADA - TRATAR AQUI</div>Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-19433453721584602392011-01-20T02:40:00.002-02:002011-01-20T03:21:40.097-02:00(aquela) noite...era eu<br />uma mão, uma nuca, mil beijos<br />tesão, respiração ofegante,<br />teu cabelo no meio da minha boca<br />a língua passeando no mamilo<br />as unhas cravadas nas costas<br />um som gostoso de gemido<br /><br /><br />era eu e era você se entregando<br />se abrindo pra mim<br />mamilo em pé, mucosa rosa molhada<br />refletindo meu desejo<br />todo o tesão<br />todas as mãos<br />todos os dedos<br /><br /><br />muita saliva matando minha sede<br />mordendo meu lábio<br />cavalgando pesada<br />sentando as coxas no meu saco<br /><br /><br />intimidando<br />apertando os lábios<br />suspirando<br />lubrificando enquanto rebolava e me olhava<br />vibrando enquanto me dominava<br />e sorrindo enquanto sentava com força<br /><br /><br />era eu e era você pulando<br />acelerando, mordendo, implorando<br />pra ir com mais raiva<br />destilando a fúria<br />contraindo músculos<br />gritando<br /><br /><br />era você dando a ordem<br />e era eu esperando teu comando<br /><br /><br />só iria se você se já estivesse<br />e assim se fez molhando minhas pernas<br />com teu néctar de flor de outono<br />teu último gemido, tua última investida<br />a última entrada<br /><br /><br />era você esmorecendo e se entregando<br />desmaiando e me agradecendo, gozando<br /><br /><br />era eu no final, com tua cabeça no peito<br />um membro dormindo<br />um beijo na testa e um dia amanhecendo...Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-80544736316497554722011-01-08T03:19:00.003-02:002011-01-08T03:23:53.904-02:00É assim que as pessoas crescem<p class="MsoNormal">Passei a semana feicebucando. É, agora isso é verbo e faz parte do dicionário da língua portuguesa. Pelo menos do meu, faz. Enfim... fui remexendo a parada, caçando daqui e de lá e comecei a garimpar velhos amigos, velhas pessoas, velhos amores (platônicos talvez) e velhas pessoas especias. Vaguei madrugas e mais madrugadas debruçado no computador caçando gente. Eu, o verdadeiro <i style="mso-bidi-font-style:normal">head hunter</i> do facebook.</p> <p class="MsoNormal">Eu não sabia bem o motivo desse garimpo. Não via motivo algum, pelo menos assim, de cara, pra estar atrás de gente.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Conheço uma porrada de gente e uma porrada de gente me conhece. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Mas não é só isso...</p> <p class="MsoNormal">Reencontrei amigos da escola. Gente que andava lado a lado, sabia dos segredos, dos medos, dos desesperos, das verdades. Gente que compartilhava os momentos como um celebração sacra, como um ritual. As festas, as bebedeiras, as discussões... e tinham ideais, lutas (pessoais e sociais),<span style="mso-spacerun:yes"> </span>história pra contar, inteligência pra argumentar e possuíam o dom divino de fazer amigos. Eram grandes amigos e faziam grandes amigos. Foi uma galera da qual até hoje eu me orgulho de ter feito parte, manja? E foi aí que a coisa bateu estridente no meu peito...</p> <p class="MsoNormal">Vi uma porrada de fotos. Muitas fotos de muita gente que antes eu via todo dia. E as coisas mudaram pra caralho! Vi garotas casadas, caras carecas e barrigudos, uns derrubados, outras destruídas, outras mais gostosas... vi nas fotos deles uma vida inteira que passou. Fatos, relatos, depoimentos... tudo o que já tinha rolado em todas aquelas preciosas cabeças... Acabei me sentindo oco, vazio e completamente arrependido. Não por ser culpa minha. Porra, o tempo passa, a vida muda, a gente muda, mas... sei lá! Sinto que se eu tivesse dado um pouco mais de mim àquele bando extraordinário com o qual vivi tanto tempo, muita coisa teria sido positivamente alterada na minha vida. Deu pra sacar? Teria me dado melhor ao lado deles. Eu acho... não precisa ser uma convicção.</p> <p class="MsoNormal">Fato é que o tempo passou e essa semana eu senti que ainda tenho muito amor por eles todos. Muito amor por cada um deles. Lógico, uns mais outros menos... sempre tem aquele que tá mais do teu lado o tempo todo... mas todos eles, TODOS, fizeram parte de mim e hoje eu sei que ainda fazem. Uma saudade filha da puta me invadiu essa tarde. Passei em frente ao velho colégio e, como uma faca na garganta, as lembranças voaram na minha cabeça. Não chorei porque tinha gente vendo... mas deixo aqui minhas lágrimas digitadas. Lágrimas, sim.</p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Tava tocando Morrissey e o nome da música diz muito sobre isso tudo. A música era “That’s how people grow up”. Guardadas devidas proporções (a letra do Morrissey é muito pesada pra situação), era o que passou pela minha cabeça. A gente se afasta de quem a gente gosta, se perde por aí, erra, acerta... anos depois, por causa de uma porra de um computador, a gente reencontra uma porrada de gente importante, se sente um merda por ter se afastado delas e descobre que ainda há muito o que ser “vivido” ao lado de tanta gente espcial. Se “é assim que as pessoas crescem”, descobrindo só depois de muito tempo o que fez de errado, eu devo ter crescido. E aos amigos que eu fiquei tanto tempo sem ver, que eu também sei que<span style="mso-spacerun:yes"> </span>muitos de vocês devem se sentir assim também, ficam os meus votos de sucesso e aquele convite-lenda pra gente se encontrar, sentar, tomar brejas e dar risada pra matar as saudades. </p> <p class="MsoNormal">To aceitando sugestões pra uma reunião desde já, ok?</p>Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-20582518338838747462011-01-06T01:54:00.000-02:002011-01-06T01:56:04.897-02:00Como se salvar em tempos modernos<div>existe um outro mundo, ele disse.</div><div><br /></div><div>ela fez cara de interrogação. medo talvez... não sabia direito o que ele queria dizer com aquilo. sentindo a insegurança da garota, ele continuou.</div><div><br /></div><div>lá não tem coisa feia, gente triste, pessoas pobres. todo mundo é bonito, se veste bem, tem as melhores fotos, as melhores famílias. não há problemas, não há violência. todo mundo é seu amigo, todos participam da sua vida ativamente e você pode escolher quem pode ver o que você está fazendo e quem não pode. é um mundo seu, você personaliza, você escolhe os jogos e os jogadores, você manda nele! o teu mundo do teu jeito!</div><div><br /></div><div>ela, ainda espantada, resolveu arriscar ver qual era... sentou ao computador, entrou no facebook.com e passou a ser mais uma pessoa excessivamente feliz e cheia de momentos bons na vida.</div>Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-85608962546356304432011-01-03T12:48:00.002-02:002011-01-03T13:05:03.295-02:00O primeiro de 2011 (de cara limpa)estranho ter tanto coisa pra escrever e, ao chegar aqui, não conseguir tirar nada de dentro da cabeça. eu vim com idéias brilhantes na cabeça dentro do carro ontem. foi uma virada de ano especial essa. coisas bacanas estão acontecendo comigo, sonhos estão se realizando, a família está em equilíbrio, eu virei vocalista de uma banda fudida e cheia de talentos, tenho milhões de projetos pra tocar em frente e, pela primeira vez, sinto vontade de fazê-los virar realidade. coisa de louco...<br />acho que me livrei de muita coisa. me desvencilhei de certos paradigmas, de certas manias, de certas pessoas e certos sentimentos talvez. ando me encontrando mais. de cara limpa mesmo, eu e eu mesmo, os meus defeitos, os vícios, os prazeres carnais e totalmente humanos. a gente tem mania de não assumir os vícios e os prazeres por pensarmos ou tentarmos sermos divinos o tempo todo. é impossível! tudo está aqui e não está aqui à toa. a gente pode e DEVE se lambuzar dos prazeres e dos vícios. isso liberta. liberta ainda mais quando descobrimos que eles são NOSSOS, que compõe o nosso CARÁTER e que podemos nos livrar deles pra nos olharmos de cara limpa.<br />acho que o grande lance de 2011, pelo menos pra mim, é estar aí para o mundo DE CARA LIMPA. sem máscaras, sem se esconder, vencendo os vícios, ponderando nos prazeres e me desocbrindo cada vez mais. esse é o lance. as coisas prometem e eu estou empolgadásso!<br /><br />bora lá buscar o que o ano tem pra ofertar!!!Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-22721307914076401582010-12-24T01:01:00.002-02:002010-12-24T01:07:15.038-02:00Não tem...Eu tenho medo do meu blog. Tenho medo dessas prateleiras me engolindo. Tenho medo que elas me mostrem. Que mostrem pra alguém quem eu sou. Eu tenho medo da prateleira...<br />Eu nunca senti. Agora sinto.<br />Eu nunca parei, agora paro. Nunca respirei e agora respiro.<br />Olho essa parede e tenho certeza que alguém lá de dentro grita: NEM MAIS UM PASSO. Mas eu nasci pra desconfiar, não foi?<br />Ah... sei lá! E aí que eu tô cansado... esperando... não quero esperar mais.<br />QUERO ELA AQUI! E eu odeio declarações... mas acho que amo mortalmente... ou pelo menos por enquanto...<br /><br />Feliz natal você; onde estiver.Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-83751790700177638502010-10-26T13:04:00.001-02:002010-10-26T13:04:48.562-02:00Sufoco<font size="2"> <p>preciso te falar... não dá mais pra deixar isso passar assim... eu... eu... nem sei como começo, mas a verdade é uma só e tem que ser dita já... eu sinto, de alguma forma que se eu demorar um pouco mais o resto da chance que eu tenho vai sumir como pó no meio da ventania... há tempos te observo de longe, calado. sempre apostei que os olhares poderiam ser muito mais sinceros e muito mais diretos que qualquer palavra, por isso me declarava te olhando através de você mesma. eu via sua alma. sentia seus desejos, entendia suas necessidades e seus anseios. tinha medo de saber de tudo isso, talvez melhor que você mesma. me calei. não devia ter me calado, eu sei, mas porra... eu não tinha chance. aí... aí você apareceu aquele dia, chorando, os olhos mais escuros que de costume, a maquiagem tinha borrado seus olhos, eu entendi a dor que você estava sentindo e ao invés de partir pra cima de você como meu instinto mandava, resolvi te abraçar e sem dizer uma palavra sequer, te fiz entender tudo. acho que esse deve ter sido meu maior erro. falar quando se está calado talvez assuste. eu não sabia disso. você se afastou eu fiquei aqui esperando... esperei pra caralho, pô, cheguei a pensar que não ia te ver mais mesmo, juro... eis que você reaparece. cabelo cortado, franja, mais bonita, mais gostosa e me cumprimenta com o mesmo calor de sempre, o mesmo beijo "meia-taça", descomprometido provocando tudo ao mesmo tempo e eu fico aqui, pensando sem parar, sentindo sem medir e falando como louco na sua frente, você sem entender nada e... e... porra! não posso prometer felicidade, mas chego perto de te fazer feliz pelo simples fato de saber que sou eu quem você sempre quis... não, não, não! peraê, peraê! deixa eu terminar, pô! espera, espera! porra, não vai assim, não! espera pelo menos eu... ô! calma, calma! não vai, caralho! espera! espera... espera... espera... eu tenho que dizer que... me escuta, caralho!</p> <p>... eu te amo, porra. só isso.</p></font><br clear="all"><br>-- <br>Aldo Jr.<br>11 6487 8710<br> Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1768607117488344422.post-38464203604922387312010-09-30T19:35:00.001-03:002010-09-30T19:35:43.023-03:00<font size="2"> <div>aqui dentro moro eu e o poeta</div> <div>o poeta às vezes some, não dá notícias</div> <div>eu às vezes sumo também e deixo só ele aqui</div> <div>não dá pra aturar o cara muito tempo</div> <div>ele é meio espaçoso, tem toc,</div> <div>vive de pau duro...</div> <div>eu sou mais tranquilo. pelo menos quando ele não está por perto.</div> <div>às vezes eu ignoro o que ele pensa</div> <div>ele fica meio puto. no fundo ele sabe:</div> <div>precisa de mim pra exteriorizar o que sente.</div> <div>outras vezes dou muita atenção</div> <div>e ele se aproveita e toma a frente.</div> <div>sempre emotivo, sempre boêmio</div> <div>às vezes doente, outras tantas carentes...</div> <div>às vezes ele vem pra cama comigo.</div> <div>e eu não durmo direito porque ele fala sem parar...</div> <div>a gente se ama e se odeia. se quer e quer distância.</div> <div>um completa o outro...</div> <div>eu preferia ser incompleto.</div></font> Aldo Jr.http://www.blogger.com/profile/13001651424952386968noreply@blogger.com1