19.9.07

Tramóias da língua portuguesa

Li um blog interessante essa manhã... chama-se DESORDEM. Tinha um texto legal, meio clichê, mas narrado de uma forma que o distanciava de outra história qualquer. Quis deixar um comentário mas deu pau no site e não salvou nada do que escrevi. Fiquei muito puto e saí fora... mas li os outros comentários antes.

Num deles, uma outra pessoa falava do texto do cara com certo ar de superioridade e, entre outras palavras dizia: "pelo menos tente fazer um igual a este...". Já que estava ali mesmo, não custava clicar no link que ela havia deixado ali e ler o que ela tanto valorizava.

Encaro o texto de frente. Logo de início, pra começar a me preocupar, a pessoa que escreveu tinha a estranha mania de usar "espaço, vírgula, espaço" no texto. Por questões estéticas e por simples implicação minha, já torci o nariz. Mais abaixo, vi que os pontos finais, também eram separados por espaço. Tipo assim . Feio, né!? Mas não parou por aí.

O texto, outro bem clichê, conta a história de Helena, uma mulher de certa idade (que creio ser a autora se referindo a ela mesma) mas que preferiu não se casar (é, solteira por opção!), se apaixona por Orlando, um rapaz mais novo que ela encontra religiosamente na loja de conveniência onde faz suas compras.

No fim do texto, Orlando convida Helena pra se encontrar com ele. Com outro clichê, agora entre parênteses, ela aconselha: "nunca olhe profundamente nos olhos de alguém se não quiser se apaixonar...". Mas Helena aceita o convite do rapaz.

No dia do encontro, Helena chega ao local combinado mas Orlando não está. Nesse momento pensei em desistir do resto da história. Mas vi no parágrafo abaixo que ele apareceria sim. Menos mal. Pois bem, Helena avista Orlando do outro lado da rua, mas ele não chegará a encontrá-la. Eis a parte do texto que mais me causou espanto:

"Mas Orlando não seja a encontrá-la, na tentativa de atravessar a avenida e com pressa... é morto atingindo por um carro. E morre imediatamente ."

Brilhante não! Um fim trágico! Matou o Orlando e o português! rs...

Além de não entender o que a palavra "seja" está fazendo no meio da frase, também não entendi como pode o pobre Orlando ter sido morto por um carro e morrer imediatamente ao mesmo tempo! rs... Para dar continuidade a minha série de indignações cotidianas:

Vai entender!?

E pra quem tiver coragem, AQUI está o texto a que me refiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse blog "DESORDEM" é de ninguém menos que Robinho Rude, o cara do gritaria zine, que vai dar uma força pra gente, lembra?
O blog é muito legal, bem variado, etc. E eu quase não entendi que no seu post você se referia ao outro blog quando disse que assassinaram o português... UAHuahUAHua