25.11.08

Do amor louco (ou do fim do mundo)

É bom te amar assim, em segredo.
Te amar sem que ninguém saiba. Sem que ninguém pense.
É bom porque ninguém julga, ninguém tenta medir.
Eu te amo, nós nos amamos e fica só por isso. Nós por nós mesmos.
Um amor nosso. Exclusivo.
Ninguém mais sabe, ninguém mais vive, ninguém fuxica.
Esquenta quando queremos que esquente e esfria quando tem que esfriar.
Tem força pra explodir e tem cautela pra despistar.
Tem vontade de viver. E luta pra persistir.
É bom te amar assim.
Amo quando posso e quando não posso luto pra esquecer. Fingir que esqueci.
A gente alimenta, ele cresce. A gente educa, ele evolui. A gente dispersa, ele invade.
É bom amar com cuidado. E eu preciso cuidar de você pra continuar te amando. E tenho quase certeza que só perdura assim porque esse é o combustível: o cuidado que temos um com o outro.
Li um dia que amar é dar-se ao próximo e que relacionamento é a escolha de quem quer fazer alguém feliz e não se sentir feliz.
Não sei qual é a nossa... às vezes me escapa. Mas não me prendo a rótulos. Não preciso saber o que é nem que nome dar. Sei o espaço que ele ocupa em mim. Já basta.
É bom te amar assim. De um jeito que só você entende e que você gosta.
É maior que eu.

2 comentários:

Luciano Costa disse...

o amor secreto e gratuito é o melhor e o pior do mundo.

Laís disse...

Cada um sabe do espaço que o amor ocupa em si. E o mais mágico é que é o amor quem dá o tom, é ele quem faz o espaço; ele não se ajusta, nós é que mudamos quando ele entra; pro melhor ou pro pior.

Ler uma coisa dessas às 3h15 da manhã, numa insônia danada, faz bem.