Às vezes é bom deixar o ódio tomar conta do corpo.
Uma onda de terror invade a gente, embrulha o estômago e vai subindo pela garganta. No momento de explodir como um grito, você trava a mandíbula e tudo que sairia alto, sonoro, barulhento, transforma-se num silenciosa lágrima dolorida.
A música muda, seu estado não. Você e a lágrima. Um assistindo ao outro, inertes.
Coisas que você não sabe porque aconteceram, coisas que ninguém explica, coisas que não têm explicação. Juras de amor, momentos mágicos, lindos, noites e mais noites entregues a mais pura luxúria, gozo, tesão, sentimento...
Vozes, gemidos, declarações de amor murmuradas entre risos, gemidos e palavrões...
Dia clareando...
Uma estaca crava fundo o peito. O estômago ainda embrulhado, um frio desconhecido na barriga, medo, insegurança... a verdade de estar sozinho bate de frente com a necessidade de um ombro, de um corpo quente numa noite qualquer.
Você faz falta... mas tudo é superável. É sim.
Maurício - Legião Urbana
Já não sei dizer
Se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais
Me obedecer
Parece agora estar
Tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais
Por não saber
Que ainda sou capaz
De acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão
Até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz
Já não sei dizer
O que aconteceu
Se tudo que eu sonhei
Foi mesmo um sonho meu
Se meu desejo então
Já se realizou
O que fazer depois
Pra onde é que eu vou
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
*PS: Descobri que as forças do universo interferem até no "shuffle play" do Media Player... caralho!
Um comentário:
Legião é foda.
E, independentemente do que tenha acontecido, força aí, cara!
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