16.10.07

Aos mestres com carinho

Professores... esqueci de escrever aqui ontem em homenagem à eles. Ou melhor, a alguns deles.

Existem professores e professores. Alguns realmente passam batidos e somem da nossa cabeça assim que acaba o ano. Outros ficam na nossa cabeça por muito tempo enquanto praguejamos que ele e sua família seja abduzida por um grupo de alieníginas homossexuais ativos. Alguns outros fazem a diferença. E é sobre esses, professores de verdade, que eu quero dedicar o post de hoje.

Comecei a ir à escola aos 2,5 anos de idade. Nessa mesma escola fiquei até o pré, quando me formei, com direito a beca amarela e azul, no auditória da Igreja da Itaberaba. Dessa época lembro com carinhos das "tias" Adriana e Silvinha... eram simpáticas, alegres e conversavam muito com os alunos. O que as diferenciava de algumas outras "tias".

Fiz a primeira e a segunda série numa outra escola. Tive só uma professora. Chamava-se Marta. Também era legal, embora um pouco mais rigorosa... mas acho que era porque nós ainda não sabíamos que as coisas precisavam mesmo estar na linha. Depois de alguns anos passei a associar a professora Marta ao baterista do Kiss, o Eric Singer. Realmente eles se parecem...

A terceira e a quarta fiz em outra escola. Era meio que "religioso", mas nada muito sério. Tinha um pátio enorme no meio e as salas eram em volta dele. Dois andares. Escadas, alunos mais velhos, muita coisa diferente. Minha professora era a Fátima. Bem simpática também... o problema nessa escola era a diretora. Ela fazia todos os alunos se reunirem todas as manhãs, rezarem o "Pai Nosso" e cantarem o Hino Nacional. Tinha uma cara nada amigável... mas juram que era boa gente.

Da quinta pra frente que as coisas começaram a fazer diferença. Mudei de escola de novo e comecei a ter professores mais "adultos", eu acho. Tive um que se chamava João, dava aula de matemática e geometria. Ele dava aulas em colégios do Estado também e via-se, no rosto dele, que ele gostava daquilo. Contava com orgulho das vezes que subiu a pé os morros da Vila Zatt pra dar aula particular pra aluno que precisava de mais atenção na escola. Tem gente que faz a diferença.

Nessa época ainda tive a professora Kátia, de inglês que, além de ótima professora, era bonita pra cacete; e a Neusinha, de português. Um carrasco! Deiva ter cerca de um metro e meio. A cara é ruim, mas o coração era grande! Dava aula de português e literatura e, certamente, daí surgiu minha paixão por ler e escrever. Me dava bem com ela porque me dava bem com o português... e mantínhamos uma relação amigável. Acabou que senti falta, muita falta, dela nos anos seguintes.

Saí dessa escola e pela primeira vez me matriculei num colégio estadual. Pela fama que o colégio levava, pensei que entraria e jamais sairia de lá vivo. No fim, deu tudo muito certo. Fiz amigos legais, vivi muita coisa interessante, mas não me lembro de nenhum professor em potencial. Talvez a Cleudir, mas só me lembro dela por causa da peruca... as aulas não faziam diferença.

No segundo semestre da sétima série, mudei de escola de novo. Pra outra do Estado. É triste, mas não me lembro de nenhum professor que fizesse a diferença. Talvez o Marcelo, que dava aula de matemática e deu aulas particulares para o meu "grupo de estudos" pra vestibulinho e o Danilo, vulgo "Batatão", que dava aula de biologia. Eram bons professores sim... talvez um pouco menos "aplicados" que os outros que tive, mas eram esforçados, mantinham a sala na linha - o que já é vitória! - e ensinavam muito bem. Além de acompanhar os alunos que precisavam.

Terminei a oitava nessa mesma escola e passei num vestibulinho para a ETE Albert Einstein. E isso mudou definitivamente minha vida...

(Continua...)

Um comentário:

Felippe disse...

Poa, tive uma professora de inglês Kátia também, que doidera... era bonita, mas não uma gatona como descrito no seu post... mas vai saber se é a mesma... rsrsrs