"Quanto menos dias tem a semana, mais ela demora pra passar..."
O tempo é rei mesmo, sábias palavras do Gilberto Gil.
Não me lembro se anunciei aqui, mas o Reverstereo, minha banda, passou por significativas mudanças há uns meses atrás. Talvez a que mais tenha surtido efeito tenha sido a saída do vocalista.
De uns tempos pra cá estamos em "retiro espiritual". Sem pressa, sem afobação, sem pressão... estamos escrevendo, compondo, nos reunindo, curtindo boas rodas de conversa e boas mesas de bar e revendo e recriando conceitos. Em suma, estamos "reinventando" o Reverstereo. E tem funcionado perfeitamente.
Essa sexta-feira iremos para o estúdio. Vamos ver o que vai rolar com o material que temos "em mente" e em "pré-produção" qdo estiver tudo plugado, ligado e com bateria - detalhe importantíssimo. Creio que não haverá maiores problemas, a única coisa que me preocupa é a surpresa... e espero ansiosamente por este momento.
Enquanto o Reverstereo se reinventa, o JARS toca a estrada. Essa quinta-feira estaremos em Santo André, no Castelo do Rock, pra mais um showzinho disso que virou praticamente uma tour de natal! rs... Espero que as surpresas também rondem o JARS... é bom pra todo mundo.
**Sim, sim... esse post é só pra não deixar acumular poeira neste blog. Minha criatividade está canalizada para outras coisa no momento... mas passa! Tudo passa...
31.10.07
24.10.07
Criação
Hoje ouvi o termo "criado pela avó" novamente. E mais uma vez num tom pejorativo... parei pra pensar e constatei que eu também fui criado pela avó. Sim, minha avó materna morava no apartamento ao lado do de meus pais (meu pai é que sabe o que é isso!) e como sempre tive pais que batalharam pra chegar onde queriam, eu e meus irmãos, depois da escola, passávamos o dia com a minha avó. Vejam bem: apartamento, criado pela avó.
Todo mundo associa esse tipo de criação com "nerds". E não é verdade. Nem eu, nem minha irmã e nem meu irmão somos "nerds". Mesmo porque esse não era o sonho dos meus pais nem da minha avó. A gente tinha liberdade porque tinhamos disciplina. E hoje em dia nós três olhamos pra trás saudosistas... era bom chegar, almoçar, fazer a "lição de casa", brincar lá embaixo com o pessoal do prédio, subir às 19h, tomar banho, assistir a maratona de programas da TV Cultura e, assim que o Heródoto Barbeiro desse "boa noite", ir deitar pra repetir a dose no dia seguinte. Não tenho o que reclamar.
Reclamo hoje... ter vivido tudo isso e sentir muita saudade. Bolinhos de chuva, bolo de fubá, o almoço caseiro, lanche da tarde...
Quando eu fui pra sétima série minha avó mudou pro interior. E desde essa época não sei mais o que eram essas tardes tranqüilas.
Todo mundo associa esse tipo de criação com "nerds". E não é verdade. Nem eu, nem minha irmã e nem meu irmão somos "nerds". Mesmo porque esse não era o sonho dos meus pais nem da minha avó. A gente tinha liberdade porque tinhamos disciplina. E hoje em dia nós três olhamos pra trás saudosistas... era bom chegar, almoçar, fazer a "lição de casa", brincar lá embaixo com o pessoal do prédio, subir às 19h, tomar banho, assistir a maratona de programas da TV Cultura e, assim que o Heródoto Barbeiro desse "boa noite", ir deitar pra repetir a dose no dia seguinte. Não tenho o que reclamar.
Reclamo hoje... ter vivido tudo isso e sentir muita saudade. Bolinhos de chuva, bolo de fubá, o almoço caseiro, lanche da tarde...
Quando eu fui pra sétima série minha avó mudou pro interior. E desde essa época não sei mais o que eram essas tardes tranqüilas.
22.10.07
Amor?
A gente percebe que é amado e que ama mesmo quando ninguém diz nada.
Ela não sabe, mas eu sei. E está como está hoje, é porque ela me ama e eu a amo muito.
Sempre o amor...
Ela não sabe, mas eu sei. E está como está hoje, é porque ela me ama e eu a amo muito.
Sempre o amor...
18.10.07
continuando...
Os professores do Einstein são professores de outro estilo. Eles não estão ali apenas pra "aplicar matéria", cobrar na prova e dar a nota. Eles estão ali pra ensinar a pensar. E, convenhamos, ensinar uns e outros a pensar não é tarefa fácil.
Me surpreendi com a escola assim que cheguei para o primeiro dia de aula. Os portões ficavam abertos. O senso de liberdade e disciplina era do aluno e não da escola. Algo como "se vc quiser ir embora o problema é seu". Mas depois descobri que não funcionava bem assim. Existiam regras... se um aluno fosse atropelado no horário da escola porque estava fora dela, a escola seria culpada. Entendi, mas logo conheci o grande Seu Pedro, porteiro e "vigia" de alunos que quebrava muitos galhos.
No primeiro ano de Einstein minha vida mudou. Não só pelos amigos que fiz, mas pelo rumo que tomei sem querer. As descobertas eram diárias. E foi numa dessas que descobri que sabia tocar bateria. Montei a primeira banda, pintei o cabelo de azul, de verde, de roxo, raspei depois... rasgava as calças, usava boina, participava do grêmio, ia pra Av. Paulista gritar "fora FHC" e "privatiza a Dona Ruth", confesso, mesmo sem saber direito o que estava gritando e achava que a vida agora sim estava se tornando vida. Mas é pra falar dos professores, né!?
Carlos Verdasca. Ou "Sir" Carlos Verdasca. Figurássa! Lecionava português e literatura mas entendia de física qüântica, biologia, música, poesia e whisky. Vira-e-mexe faltava na segunda porque, diziam, lutava contra o porre do domingo. Ele era excepecional. Tinha um jeito próprio de dar aula, de falar, de se expressar e me ensinou a gostar ainda mais de português e de literatura. Realmente um grande professor...
Marli... ruiva. Me lembrava a Rita Lee. Dava aula de história e contava histórias do seu tempo no interior de São Paulo em Birigui. Numa delas acabou confessando que sua mãe deu um liqüidificador pra um de seus irmãos acreditando que ele fazia vitamina de abacate pra tomar... na verdade era loló! rs... Era fã de Pink Floyd, Janis Joplin, Led Zeppelin. Falava de política como se fala de futebol. Defendia o PT e o Lula... mas isso era em outras épocas. Lembro que uma vez o Seu Pedro vacilou lá embaixo e um cachorro entrou na escola. A Marli, não sei se por medo ou por susto, saiu correndo do cão no corredor e acabou caindo e torcendo o pé. Durou uns meses de molho... e foi qdo tivemos aula com a Léia... eu acho. Ela era fanha. E, claro, não conseguia dar aula como a Marli.
Sandra. Professora de Educação Física. Não sei porque diabos sinto saudades daquela aula... Era intenso. Mas era divertido, prazeroso. Muita saudade dos berros "joelinho alto", "mão no calcanhar" ou quando ela fazia a gente ficar de braços abertos e cantava "Aquarela" até a parte do aviãozinho. Era de foder! E se alguém baixasse o braço, ela começava de novo, sem pestanejar. Chamavam-na de "véia", mas era brincadeira. No fundo todos a admiravam muito e gostavam muito dela. A professora tinha até um grupo oficial de puxa-sacos que passava o dia na escola importunando-a na quadra.
Acho que esses três são os mais figuras, os mais importantes na minha formação. O Einstein em si foi uma experiência incrível que se não tivesse vivido, não seria quem sou hoje. Devo muito aos professores e à mim mesmo, que estudei pra estudar lá. E realmente valeu a pena.
Acho que já tá bom de puxação de saco de professor, né!? Logo volto com outras histórias... talvez assuntos menos meus e mais de interesse coletivo. Espero que tenham gostado disso tudo.
Me surpreendi com a escola assim que cheguei para o primeiro dia de aula. Os portões ficavam abertos. O senso de liberdade e disciplina era do aluno e não da escola. Algo como "se vc quiser ir embora o problema é seu". Mas depois descobri que não funcionava bem assim. Existiam regras... se um aluno fosse atropelado no horário da escola porque estava fora dela, a escola seria culpada. Entendi, mas logo conheci o grande Seu Pedro, porteiro e "vigia" de alunos que quebrava muitos galhos.
No primeiro ano de Einstein minha vida mudou. Não só pelos amigos que fiz, mas pelo rumo que tomei sem querer. As descobertas eram diárias. E foi numa dessas que descobri que sabia tocar bateria. Montei a primeira banda, pintei o cabelo de azul, de verde, de roxo, raspei depois... rasgava as calças, usava boina, participava do grêmio, ia pra Av. Paulista gritar "fora FHC" e "privatiza a Dona Ruth", confesso, mesmo sem saber direito o que estava gritando e achava que a vida agora sim estava se tornando vida. Mas é pra falar dos professores, né!?
Carlos Verdasca. Ou "Sir" Carlos Verdasca. Figurássa! Lecionava português e literatura mas entendia de física qüântica, biologia, música, poesia e whisky. Vira-e-mexe faltava na segunda porque, diziam, lutava contra o porre do domingo. Ele era excepecional. Tinha um jeito próprio de dar aula, de falar, de se expressar e me ensinou a gostar ainda mais de português e de literatura. Realmente um grande professor...
Marli... ruiva. Me lembrava a Rita Lee. Dava aula de história e contava histórias do seu tempo no interior de São Paulo em Birigui. Numa delas acabou confessando que sua mãe deu um liqüidificador pra um de seus irmãos acreditando que ele fazia vitamina de abacate pra tomar... na verdade era loló! rs... Era fã de Pink Floyd, Janis Joplin, Led Zeppelin. Falava de política como se fala de futebol. Defendia o PT e o Lula... mas isso era em outras épocas. Lembro que uma vez o Seu Pedro vacilou lá embaixo e um cachorro entrou na escola. A Marli, não sei se por medo ou por susto, saiu correndo do cão no corredor e acabou caindo e torcendo o pé. Durou uns meses de molho... e foi qdo tivemos aula com a Léia... eu acho. Ela era fanha. E, claro, não conseguia dar aula como a Marli.
Sandra. Professora de Educação Física. Não sei porque diabos sinto saudades daquela aula... Era intenso. Mas era divertido, prazeroso. Muita saudade dos berros "joelinho alto", "mão no calcanhar" ou quando ela fazia a gente ficar de braços abertos e cantava "Aquarela" até a parte do aviãozinho. Era de foder! E se alguém baixasse o braço, ela começava de novo, sem pestanejar. Chamavam-na de "véia", mas era brincadeira. No fundo todos a admiravam muito e gostavam muito dela. A professora tinha até um grupo oficial de puxa-sacos que passava o dia na escola importunando-a na quadra.
Acho que esses três são os mais figuras, os mais importantes na minha formação. O Einstein em si foi uma experiência incrível que se não tivesse vivido, não seria quem sou hoje. Devo muito aos professores e à mim mesmo, que estudei pra estudar lá. E realmente valeu a pena.
Acho que já tá bom de puxação de saco de professor, né!? Logo volto com outras histórias... talvez assuntos menos meus e mais de interesse coletivo. Espero que tenham gostado disso tudo.
16.10.07
Aos mestres com carinho
Professores... esqueci de escrever aqui ontem em homenagem à eles. Ou melhor, a alguns deles.
Existem professores e professores. Alguns realmente passam batidos e somem da nossa cabeça assim que acaba o ano. Outros ficam na nossa cabeça por muito tempo enquanto praguejamos que ele e sua família seja abduzida por um grupo de alieníginas homossexuais ativos. Alguns outros fazem a diferença. E é sobre esses, professores de verdade, que eu quero dedicar o post de hoje.
Comecei a ir à escola aos 2,5 anos de idade. Nessa mesma escola fiquei até o pré, quando me formei, com direito a beca amarela e azul, no auditória da Igreja da Itaberaba. Dessa época lembro com carinhos das "tias" Adriana e Silvinha... eram simpáticas, alegres e conversavam muito com os alunos. O que as diferenciava de algumas outras "tias".
Fiz a primeira e a segunda série numa outra escola. Tive só uma professora. Chamava-se Marta. Também era legal, embora um pouco mais rigorosa... mas acho que era porque nós ainda não sabíamos que as coisas precisavam mesmo estar na linha. Depois de alguns anos passei a associar a professora Marta ao baterista do Kiss, o Eric Singer. Realmente eles se parecem...
A terceira e a quarta fiz em outra escola. Era meio que "religioso", mas nada muito sério. Tinha um pátio enorme no meio e as salas eram em volta dele. Dois andares. Escadas, alunos mais velhos, muita coisa diferente. Minha professora era a Fátima. Bem simpática também... o problema nessa escola era a diretora. Ela fazia todos os alunos se reunirem todas as manhãs, rezarem o "Pai Nosso" e cantarem o Hino Nacional. Tinha uma cara nada amigável... mas juram que era boa gente.
Da quinta pra frente que as coisas começaram a fazer diferença. Mudei de escola de novo e comecei a ter professores mais "adultos", eu acho. Tive um que se chamava João, dava aula de matemática e geometria. Ele dava aulas em colégios do Estado também e via-se, no rosto dele, que ele gostava daquilo. Contava com orgulho das vezes que subiu a pé os morros da Vila Zatt pra dar aula particular pra aluno que precisava de mais atenção na escola. Tem gente que faz a diferença.
Nessa época ainda tive a professora Kátia, de inglês que, além de ótima professora, era bonita pra cacete; e a Neusinha, de português. Um carrasco! Deiva ter cerca de um metro e meio. A cara é ruim, mas o coração era grande! Dava aula de português e literatura e, certamente, daí surgiu minha paixão por ler e escrever. Me dava bem com ela porque me dava bem com o português... e mantínhamos uma relação amigável. Acabou que senti falta, muita falta, dela nos anos seguintes.
Saí dessa escola e pela primeira vez me matriculei num colégio estadual. Pela fama que o colégio levava, pensei que entraria e jamais sairia de lá vivo. No fim, deu tudo muito certo. Fiz amigos legais, vivi muita coisa interessante, mas não me lembro de nenhum professor em potencial. Talvez a Cleudir, mas só me lembro dela por causa da peruca... as aulas não faziam diferença.
No segundo semestre da sétima série, mudei de escola de novo. Pra outra do Estado. É triste, mas não me lembro de nenhum professor que fizesse a diferença. Talvez o Marcelo, que dava aula de matemática e deu aulas particulares para o meu "grupo de estudos" pra vestibulinho e o Danilo, vulgo "Batatão", que dava aula de biologia. Eram bons professores sim... talvez um pouco menos "aplicados" que os outros que tive, mas eram esforçados, mantinham a sala na linha - o que já é vitória! - e ensinavam muito bem. Além de acompanhar os alunos que precisavam.
Terminei a oitava nessa mesma escola e passei num vestibulinho para a ETE Albert Einstein. E isso mudou definitivamente minha vida...
(Continua...)
Existem professores e professores. Alguns realmente passam batidos e somem da nossa cabeça assim que acaba o ano. Outros ficam na nossa cabeça por muito tempo enquanto praguejamos que ele e sua família seja abduzida por um grupo de alieníginas homossexuais ativos. Alguns outros fazem a diferença. E é sobre esses, professores de verdade, que eu quero dedicar o post de hoje.
Comecei a ir à escola aos 2,5 anos de idade. Nessa mesma escola fiquei até o pré, quando me formei, com direito a beca amarela e azul, no auditória da Igreja da Itaberaba. Dessa época lembro com carinhos das "tias" Adriana e Silvinha... eram simpáticas, alegres e conversavam muito com os alunos. O que as diferenciava de algumas outras "tias".
Fiz a primeira e a segunda série numa outra escola. Tive só uma professora. Chamava-se Marta. Também era legal, embora um pouco mais rigorosa... mas acho que era porque nós ainda não sabíamos que as coisas precisavam mesmo estar na linha. Depois de alguns anos passei a associar a professora Marta ao baterista do Kiss, o Eric Singer. Realmente eles se parecem...
A terceira e a quarta fiz em outra escola. Era meio que "religioso", mas nada muito sério. Tinha um pátio enorme no meio e as salas eram em volta dele. Dois andares. Escadas, alunos mais velhos, muita coisa diferente. Minha professora era a Fátima. Bem simpática também... o problema nessa escola era a diretora. Ela fazia todos os alunos se reunirem todas as manhãs, rezarem o "Pai Nosso" e cantarem o Hino Nacional. Tinha uma cara nada amigável... mas juram que era boa gente.
Da quinta pra frente que as coisas começaram a fazer diferença. Mudei de escola de novo e comecei a ter professores mais "adultos", eu acho. Tive um que se chamava João, dava aula de matemática e geometria. Ele dava aulas em colégios do Estado também e via-se, no rosto dele, que ele gostava daquilo. Contava com orgulho das vezes que subiu a pé os morros da Vila Zatt pra dar aula particular pra aluno que precisava de mais atenção na escola. Tem gente que faz a diferença.
Nessa época ainda tive a professora Kátia, de inglês que, além de ótima professora, era bonita pra cacete; e a Neusinha, de português. Um carrasco! Deiva ter cerca de um metro e meio. A cara é ruim, mas o coração era grande! Dava aula de português e literatura e, certamente, daí surgiu minha paixão por ler e escrever. Me dava bem com ela porque me dava bem com o português... e mantínhamos uma relação amigável. Acabou que senti falta, muita falta, dela nos anos seguintes.
Saí dessa escola e pela primeira vez me matriculei num colégio estadual. Pela fama que o colégio levava, pensei que entraria e jamais sairia de lá vivo. No fim, deu tudo muito certo. Fiz amigos legais, vivi muita coisa interessante, mas não me lembro de nenhum professor em potencial. Talvez a Cleudir, mas só me lembro dela por causa da peruca... as aulas não faziam diferença.
No segundo semestre da sétima série, mudei de escola de novo. Pra outra do Estado. É triste, mas não me lembro de nenhum professor que fizesse a diferença. Talvez o Marcelo, que dava aula de matemática e deu aulas particulares para o meu "grupo de estudos" pra vestibulinho e o Danilo, vulgo "Batatão", que dava aula de biologia. Eram bons professores sim... talvez um pouco menos "aplicados" que os outros que tive, mas eram esforçados, mantinham a sala na linha - o que já é vitória! - e ensinavam muito bem. Além de acompanhar os alunos que precisavam.
Terminei a oitava nessa mesma escola e passei num vestibulinho para a ETE Albert Einstein. E isso mudou definitivamente minha vida...
(Continua...)
11.10.07
Na falta do que fazer...
O jeito é escrever no blog.
Queria escrever algo decente hoje. Largar pra trás a discussão de sempre, os comentários de sempre e partir pra algo novo. Mas não tenho nada na cabeça. Sei do que preciso, mas não posso resolver agora. Infelizmente.
Ressucitei meu discman hoje. Descobri que tinha muita coisa que eu não ouvia fazia tempo porque me apegei demais ao MP3 Player. Estou nesse momento olhando meu carregador de pilhas e rezando que carregue logo pra eu poder ouvir minhas velharias... velhas mesmo.
Levantei animado, mas uma puta dor de garganta me tirou o ânimo dessa véspera de feriado. Lá fora um sol de uns 27º e eu sem poder sequer molhar o bico numa latinha de Skol. Esse fim de semana mando essa dieta pro inferno.
Saí de casa em cima do laço. A hora me apertando o pescoço. Peguei uma lotação (literalmente!) e depois um trem. Toda vez que entro no trem eu penso no Chico, no Malandro e no trem da Central. E sempre tem um metido a malandro pra me encher o saco logo cedo.
Entrei. Andei o máximo que pude pra sair de perto da porta, afinal, uma pessoa de bom senso só deve se aproximar da porta quando for descer. Deve ser por isso que o trem sempre está lotado na porta: brasileiro tem bom senso. Um cidadão fedendo a sovaco (nem sei escrever isso! rs... Acho que é a primeira vez! rs...) e pinga às 7h15 da manhã, olha pra minha cara e me empurra, como se pedisse licença. Olhei bem pra cara do indivíduo e não me afastei um centímetro. Taí uma das vantagens de ter 1,88 e pesar mais de 100Kg: dificilmente alguém vai te empurrar outra vez.
Mas o "malaco" tentou de novo. Virei e olhei na cara dele:
"Você vai descer?"
"Não."
Continuei no meu canto. Ele aguardou uns segundos e empurrou de novo. Aí fui obrigado a usar do meu tamanho.
"Vc vai ficar empurrando mesmo?"
"Eu preciso passar..."
"Passar pra onde? Quer apertar mais essa porra aqui?"
"Preciso passar..."
"Blz... qdo você for descer você passa. E pede licença que é melhor que ficar empurrando, caralho!"
Todo mundo olhou. E eu larguei um ar de FODA-SE bem grande. Uns com ar de aprovação puxaram papo, outros acharam que fui ignorante e ficaram com arzinho de deboche. Cansa! Chega uma hora que cansa!
Quando fui descer o cidadão filho da puta se cravou na minha frente feito um Pau-Brasil. Não pestanejei. Com a bolsa numa mão, enfiei o braço num vão na altura do estômago do sujeito e empurrei com força. Ele pode até ter me xingado, mas eu comecei o dia diferente.
Queria escrever algo decente hoje. Largar pra trás a discussão de sempre, os comentários de sempre e partir pra algo novo. Mas não tenho nada na cabeça. Sei do que preciso, mas não posso resolver agora. Infelizmente.
Ressucitei meu discman hoje. Descobri que tinha muita coisa que eu não ouvia fazia tempo porque me apegei demais ao MP3 Player. Estou nesse momento olhando meu carregador de pilhas e rezando que carregue logo pra eu poder ouvir minhas velharias... velhas mesmo.
Levantei animado, mas uma puta dor de garganta me tirou o ânimo dessa véspera de feriado. Lá fora um sol de uns 27º e eu sem poder sequer molhar o bico numa latinha de Skol. Esse fim de semana mando essa dieta pro inferno.
Saí de casa em cima do laço. A hora me apertando o pescoço. Peguei uma lotação (literalmente!) e depois um trem. Toda vez que entro no trem eu penso no Chico, no Malandro e no trem da Central. E sempre tem um metido a malandro pra me encher o saco logo cedo.
Entrei. Andei o máximo que pude pra sair de perto da porta, afinal, uma pessoa de bom senso só deve se aproximar da porta quando for descer. Deve ser por isso que o trem sempre está lotado na porta: brasileiro tem bom senso. Um cidadão fedendo a sovaco (nem sei escrever isso! rs... Acho que é a primeira vez! rs...) e pinga às 7h15 da manhã, olha pra minha cara e me empurra, como se pedisse licença. Olhei bem pra cara do indivíduo e não me afastei um centímetro. Taí uma das vantagens de ter 1,88 e pesar mais de 100Kg: dificilmente alguém vai te empurrar outra vez.
Mas o "malaco" tentou de novo. Virei e olhei na cara dele:
"Você vai descer?"
"Não."
Continuei no meu canto. Ele aguardou uns segundos e empurrou de novo. Aí fui obrigado a usar do meu tamanho.
"Vc vai ficar empurrando mesmo?"
"Eu preciso passar..."
"Passar pra onde? Quer apertar mais essa porra aqui?"
"Preciso passar..."
"Blz... qdo você for descer você passa. E pede licença que é melhor que ficar empurrando, caralho!"
Todo mundo olhou. E eu larguei um ar de FODA-SE bem grande. Uns com ar de aprovação puxaram papo, outros acharam que fui ignorante e ficaram com arzinho de deboche. Cansa! Chega uma hora que cansa!
Quando fui descer o cidadão filho da puta se cravou na minha frente feito um Pau-Brasil. Não pestanejei. Com a bolsa numa mão, enfiei o braço num vão na altura do estômago do sujeito e empurrei com força. Ele pode até ter me xingado, mas eu comecei o dia diferente.
10.10.07
BURMA
As coisas parecem estar mudando.
Tem gente que diz que às vezes "cai um raio" na nossa cabeça. E eu concordo.
Queria aplaudir de pé os soldados e os generais que baixaram as armas para os monges do país. É o começo da mudança. E esse blog apóia essa mudança.
Tem gente que diz que às vezes "cai um raio" na nossa cabeça. E eu concordo.
Queria aplaudir de pé os soldados e os generais que baixaram as armas para os monges do país. É o começo da mudança. E esse blog apóia essa mudança.
Comentando o comentário
O Felippe passou por aqui e disse que a imagem que eles passam do BOPE no filme não é a correta. Disse que deveriam trabalhar mais a questão política.
Só pra dizer que eu discordo piamente disso. O que eles fizeram foi trabalhar a imagem da POLÍCIA. E é essa que precisa impor respeito. A política não tem moral nem com quem "precisa" de Bolsa Família.
Podem me chamar de fascista, foda-se! Pode parecer errado o cara torturar um moleque pra conseguir informação, mas mais errado ainda é um muleque desafiar a polícia pra se tornar cúmplica do tráfico. Tem que responder! E tudo fica bem claro depois que eles FINALMENTE dizem o que sabem. Será que o tráfico é tão mais valioso que a vida deles? Acho que fidelidade a gente deve à Deus e aos nossos pais, pra traficante fica meu dedo médio bem erguido.
É bem real o que eu li num texto que recebi no email hoje. Foi-se o tempo que o pessoal que morava em favela era trabalhador e honesto. É triste, mas passa pela minha cabeça que as famílias devem achar o máximo ver o filho virar aviãozinho pra ter dinheiro pra desfilar um Nike Shox.
Enganado? Todos estamos. Ninguém sabe qual é a verdade de cada um. Onde o calo aperta. Estou aqui expondo minha opinião e concordando em gênero, número, grau e atitude com o Padilha. A fotografia tá lá. E a cidade está como está porque alguns "ricos com 'consciência social'" insistem em se manifestar quando não precisa. É bem verdade também que eu NUNCA VI manifestação nenhuma por traficante ter matado algum PM...
Só pra dizer que eu discordo piamente disso. O que eles fizeram foi trabalhar a imagem da POLÍCIA. E é essa que precisa impor respeito. A política não tem moral nem com quem "precisa" de Bolsa Família.
Podem me chamar de fascista, foda-se! Pode parecer errado o cara torturar um moleque pra conseguir informação, mas mais errado ainda é um muleque desafiar a polícia pra se tornar cúmplica do tráfico. Tem que responder! E tudo fica bem claro depois que eles FINALMENTE dizem o que sabem. Será que o tráfico é tão mais valioso que a vida deles? Acho que fidelidade a gente deve à Deus e aos nossos pais, pra traficante fica meu dedo médio bem erguido.
É bem real o que eu li num texto que recebi no email hoje. Foi-se o tempo que o pessoal que morava em favela era trabalhador e honesto. É triste, mas passa pela minha cabeça que as famílias devem achar o máximo ver o filho virar aviãozinho pra ter dinheiro pra desfilar um Nike Shox.
Enganado? Todos estamos. Ninguém sabe qual é a verdade de cada um. Onde o calo aperta. Estou aqui expondo minha opinião e concordando em gênero, número, grau e atitude com o Padilha. A fotografia tá lá. E a cidade está como está porque alguns "ricos com 'consciência social'" insistem em se manifestar quando não precisa. É bem verdade também que eu NUNCA VI manifestação nenhuma por traficante ter matado algum PM...
5.10.07
Tropa de Elite
Incomparável. Não há o que comentar.
O filme te força a uma reflexão dura, real e absolutamente cruel. Não estou falando só dos morros do Rio, do tráfico de drogas, da corrupção na polícia, nada disso. O buraco é mais embaixo. Muito mais embaixo. O "lição" do filme é social, ética. É fácil protestar a morte de um jovem da classe média, de um chefe do morro. Pra isso existem ONG's e mais ONG's... o foda é mesmo é tirar chapéu pra policial. Desde que o tempo é tempo, sei que o prestígio da polícia é uma merda. E olha que tem policial na família.
Numa das cenas, um dos protagonistas, que estudava direito numa das melhores faculdades do Rio com o suor de sua testa, escuta o bando de playboys maconheiros e até "traficantezinhos" escrachando a PM do Rio. O coitado sequer tinha dito que era da PM e resolveu defender a corporação. Primeiro a elite rui, depois escutou. E calou a boca. Detalhe importante: ele era negro e pobre.
O que o "Matias" disse à sala depois que ouviu tudo calado foi: "É que vocês não sabem quantas crianças morrem para um playboyzinho enrolar um baseado. Da janela de vocês não dá pra ver...". E é nesse ponto que o filme te impõe a reflexão. Outro detalhe: os playboyzinhos trabalhavam numa ONG dentro da favela.
O tempo todo assitindo o filme e pensando no meu filho. Pensando no que já fiz pra "colaborar" com o tráfico de drogas. Tudo no longa deixa bem claro que quem "financia" o tráfico, é cúmplice. Faz você se incomodar putamente com a condição dos outros e com a sua. Olhar pro seu umbigo e perceber que ele fede mais ou como o umbigo dos outros. Incomoda. E incomoda muito.
O tempo todo vendo a aflição de policiais que acreditam que as coisas podem e TEM que mudar. Lutam com a vida pra salvar gente que merece ser salva. E matam porque precisam matar. Sinceramente: eu não faria diferente se estivesse lá. "Põe na conta do Papa". Enfia-lhe um balaço cabeça à dentro é um outro "soldado do mal" enviado pro inferno. Com a graça de Deus.
Claro... isso é um blog e estou postando aqui minha opinião para que apareça alguém que, claro, não concorde comigo. Natural. Vão me dizer que é culpa do governo, da direita, do capitalismo, do Brasil que não dá escola, que não dá saúde... todo mundo corre pro tráfico porque o tráfico garante comida na mesa. Comida na mesa, proteção e uma vidinha de merda. Bem dessas que esses brasileiros, ressalto, também corrputos e cúmplices, estão acostumados a levar. Tudo ás custas do comodismo.
É muito mais fácil aceitar que é preto, pobre e que não vai conseguir nada por isso cai no tráfico que aceitar que vai ter de batalhar que nem gladiador pra entrar numa escola mais ou menos, estudar pra caralho e precisar pagar uma faculdade depois. Comodismo. Safadeza.
Enfim... não era isso que eu ia comentar. Era pra falar do filme, mas como dá pra ver, a reflexão passa muito mais além que a história na tela. É realmente uma lição social a qual todos nós deveríamos nos ater e refletir muito a respeito. Me incluo nessa lista. Acho que não é justo pais e mães perderem filhos para um sistema que alimenta sonhos e desejos da classe mais abastada e mais suja do país: a playboyzada.
É de se pensar e se assutar ao mesmo tempo. É necessário que o país todo veja e reveja os conceitos exibidos no filme. É necessário que começemos a pensar direito e encarar os fatos de frente: temos culpa nessa merda sim. A maconha que você fuma, o pó que você enfia pelas narinas, as balinhas da rave... tudo isso financia seu medo. Paga por prazer e paga pra sentir mais medo. É foda... mas é verdade.
O problema das drogas no Brasil é assunto pra outro post. Papo de legalização e essas coisas "utópicas" são pra teses de mestrado de sociologia na USP, não pro meu blog. O que é certo é que esse é o meio de se acabar com a instituição "Comando" ou "Morro". Derruba o negócio e estatiza as fronteiras, a coca, o ecstasy, enfim... Como eu disse, deixa isso pra quem entende.
A mim restou uma imensa interrogação na cara e a preocupação com o que fazer daqui pra frente.
Ô filmezinho filho da puta!
O filme te força a uma reflexão dura, real e absolutamente cruel. Não estou falando só dos morros do Rio, do tráfico de drogas, da corrupção na polícia, nada disso. O buraco é mais embaixo. Muito mais embaixo. O "lição" do filme é social, ética. É fácil protestar a morte de um jovem da classe média, de um chefe do morro. Pra isso existem ONG's e mais ONG's... o foda é mesmo é tirar chapéu pra policial. Desde que o tempo é tempo, sei que o prestígio da polícia é uma merda. E olha que tem policial na família.
Numa das cenas, um dos protagonistas, que estudava direito numa das melhores faculdades do Rio com o suor de sua testa, escuta o bando de playboys maconheiros e até "traficantezinhos" escrachando a PM do Rio. O coitado sequer tinha dito que era da PM e resolveu defender a corporação. Primeiro a elite rui, depois escutou. E calou a boca. Detalhe importante: ele era negro e pobre.
O que o "Matias" disse à sala depois que ouviu tudo calado foi: "É que vocês não sabem quantas crianças morrem para um playboyzinho enrolar um baseado. Da janela de vocês não dá pra ver...". E é nesse ponto que o filme te impõe a reflexão. Outro detalhe: os playboyzinhos trabalhavam numa ONG dentro da favela.
O tempo todo assitindo o filme e pensando no meu filho. Pensando no que já fiz pra "colaborar" com o tráfico de drogas. Tudo no longa deixa bem claro que quem "financia" o tráfico, é cúmplice. Faz você se incomodar putamente com a condição dos outros e com a sua. Olhar pro seu umbigo e perceber que ele fede mais ou como o umbigo dos outros. Incomoda. E incomoda muito.
O tempo todo vendo a aflição de policiais que acreditam que as coisas podem e TEM que mudar. Lutam com a vida pra salvar gente que merece ser salva. E matam porque precisam matar. Sinceramente: eu não faria diferente se estivesse lá. "Põe na conta do Papa". Enfia-lhe um balaço cabeça à dentro é um outro "soldado do mal" enviado pro inferno. Com a graça de Deus.
Claro... isso é um blog e estou postando aqui minha opinião para que apareça alguém que, claro, não concorde comigo. Natural. Vão me dizer que é culpa do governo, da direita, do capitalismo, do Brasil que não dá escola, que não dá saúde... todo mundo corre pro tráfico porque o tráfico garante comida na mesa. Comida na mesa, proteção e uma vidinha de merda. Bem dessas que esses brasileiros, ressalto, também corrputos e cúmplices, estão acostumados a levar. Tudo ás custas do comodismo.
É muito mais fácil aceitar que é preto, pobre e que não vai conseguir nada por isso cai no tráfico que aceitar que vai ter de batalhar que nem gladiador pra entrar numa escola mais ou menos, estudar pra caralho e precisar pagar uma faculdade depois. Comodismo. Safadeza.
Enfim... não era isso que eu ia comentar. Era pra falar do filme, mas como dá pra ver, a reflexão passa muito mais além que a história na tela. É realmente uma lição social a qual todos nós deveríamos nos ater e refletir muito a respeito. Me incluo nessa lista. Acho que não é justo pais e mães perderem filhos para um sistema que alimenta sonhos e desejos da classe mais abastada e mais suja do país: a playboyzada.
É de se pensar e se assutar ao mesmo tempo. É necessário que o país todo veja e reveja os conceitos exibidos no filme. É necessário que começemos a pensar direito e encarar os fatos de frente: temos culpa nessa merda sim. A maconha que você fuma, o pó que você enfia pelas narinas, as balinhas da rave... tudo isso financia seu medo. Paga por prazer e paga pra sentir mais medo. É foda... mas é verdade.
O problema das drogas no Brasil é assunto pra outro post. Papo de legalização e essas coisas "utópicas" são pra teses de mestrado de sociologia na USP, não pro meu blog. O que é certo é que esse é o meio de se acabar com a instituição "Comando" ou "Morro". Derruba o negócio e estatiza as fronteiras, a coca, o ecstasy, enfim... Como eu disse, deixa isso pra quem entende.
A mim restou uma imensa interrogação na cara e a preocupação com o que fazer daqui pra frente.
Ô filmezinho filho da puta!
4.10.07
Abaixo a ditadura!
Esse blog se alia a rede mundial de blogs que defende a libertação da Birmânia!
Em tempos cada vez mais conturbados, onde sempre colocamos a tal da "liberdade de expressão" em cheque, vale a pena se aliar a causa.
O gover na Birmânia, como se não bastasse o que já tem feito, começou a censurar blogs e blogueiros que transmitam informação para fora do país ou que expressem-se contra a ditadura. Chegaram ao cúmulo de cortar linhas telefônicas e isolar o país do resto do mundo.
Você, internauta leitor, passe adiante essa mensagem e, se for um blogueiro, pegue sua bandeira no www.freeburma.org e alie-se à luta.
ABAIXO A DITADURA!
3.10.07
A "chefa"...
Entra na sala do nada. Olhando o setor inteiro começa a falar. De voz baixa, porém extremamente autoritária:
"Preciso disso, daquilo e daquilo outro pra fazer um pagamento hoje. Me arrumem essa informação e levem à minha mesa, no terceiro andar. Obrigado."
Todos se entreolham estranhamente. O silêncio toma conta da sala. Ela sai.
Não demora muito volta. Com outra cara. A testa franzida, a sombrancelha fina levantada e a voz um pouco mais alta.
"Eu preciso do número dessa conta pra fazer o pagamento." O infeliz do "gerente" não está no setor. Saiu pra uma reunião. Claro que a informação que ela precisa está numa das máquinas deles. Mas não há quem consiga acessá-la e procurar o maldito número da conta. Anda de um lado pro outro ao celular. Fica mais irritada ainda quando vê que a informação estava centralizada a uma pessoa que não está ali na hora que ela precisa.
"Ou vocês me arrumam ersse número aqui ou vão atrás do 'gerente' onde ele estiver". Cala-se, vira-se e desce. Logo volta. Pega um funcionário e leva junto. Logo ele volta. Ela não.
Via-se no rosto, na expressão, que a cidadã deveria ter saído daqui (empresa onde trabalhamos) depois das 22h. Acabada, coitada. Uma vida inteira num escritório, anos e mais anos no mesmo ramo, pulando de empresa em empresa até pegar a empreitada que pegou no último ano. Tarefa realmente difícil.
Eu não teria a mesma coragem. Jamais! Dedicar uma vida inteira ao stress, aos problemas, ao escritório, aos funcionários... é de dom mesmo. Já nasce com a pessoa... bem que eu queria ser um executivo bem sucedido. Além de chique, é muito bem visto. Mas sei lá... minha vida como blogueiro-roqueiro-boêmio-fulêro é interessante demais compara a deles.
E não é de se espantar: acharam o gerente e ele já está aqui. E ela acaba de entrar de novo por aquela porta. Dá um medinho...
"Preciso disso, daquilo e daquilo outro pra fazer um pagamento hoje. Me arrumem essa informação e levem à minha mesa, no terceiro andar. Obrigado."
Todos se entreolham estranhamente. O silêncio toma conta da sala. Ela sai.
Não demora muito volta. Com outra cara. A testa franzida, a sombrancelha fina levantada e a voz um pouco mais alta.
"Eu preciso do número dessa conta pra fazer o pagamento." O infeliz do "gerente" não está no setor. Saiu pra uma reunião. Claro que a informação que ela precisa está numa das máquinas deles. Mas não há quem consiga acessá-la e procurar o maldito número da conta. Anda de um lado pro outro ao celular. Fica mais irritada ainda quando vê que a informação estava centralizada a uma pessoa que não está ali na hora que ela precisa.
"Ou vocês me arrumam ersse número aqui ou vão atrás do 'gerente' onde ele estiver". Cala-se, vira-se e desce. Logo volta. Pega um funcionário e leva junto. Logo ele volta. Ela não.
Via-se no rosto, na expressão, que a cidadã deveria ter saído daqui (empresa onde trabalhamos) depois das 22h. Acabada, coitada. Uma vida inteira num escritório, anos e mais anos no mesmo ramo, pulando de empresa em empresa até pegar a empreitada que pegou no último ano. Tarefa realmente difícil.
Eu não teria a mesma coragem. Jamais! Dedicar uma vida inteira ao stress, aos problemas, ao escritório, aos funcionários... é de dom mesmo. Já nasce com a pessoa... bem que eu queria ser um executivo bem sucedido. Além de chique, é muito bem visto. Mas sei lá... minha vida como blogueiro-roqueiro-boêmio-fulêro é interessante demais compara a deles.
E não é de se espantar: acharam o gerente e ele já está aqui. E ela acaba de entrar de novo por aquela porta. Dá um medinho...
2.10.07
Hilário...
Cada vez que vejo meu chefe tentando falar espanhol saio da sala pra não rir na cara dele...
**
Segundo dia de regime de fome
Almoço: um bife grelhado e salada de frutas a vontade. Meu prato saiu caro hoje... R$2,33. Acho que nem um pardal come tudo isso de alpiste por dia, não!? Estranho...
Me entubei de abacaxi e melancia... to mijando mais que leão tomando breja.
Me sinto mais leve, com mais sono e, claro, com muita fome!!!
**
Segundo dia de regime de fome
Almoço: um bife grelhado e salada de frutas a vontade. Meu prato saiu caro hoje... R$2,33. Acho que nem um pardal come tudo isso de alpiste por dia, não!? Estranho...
Me entubei de abacaxi e melancia... to mijando mais que leão tomando breja.
Me sinto mais leve, com mais sono e, claro, com muita fome!!!
1.10.07
Bom pra saúde e pro bolso
Existem momentos na vida de um homem em que somos obrigados a tomar um rumo, decidir, centralizar a estrada e seguir o caminho, por mais difícil que seja.
Hoje começo uma nova etapa na minha vida. E toda essa papagaida é só pra dizer que, mais uma vez, estou de regime! Dieta! Passando fome! Boca seca mesmo!
Já fiz essa dieta um tempo atrás, qdo era mais novinho, e perdi milagrosos 15Kg em milagrosos 15 dias. Passei fome, mas funcionou. Esse papo de nutricionista não rola comigo... tem de ser na base do choque, passando fome mesmo! E cá estou... com o estômago ameaçando comer o fígado... Não! Melhor que ele coma um rim, porque o fígado eu uso muito ainda...
Enfim... gastei R$2,69 pra almoçar hoje! Uma variedade incrível de tons de verde no meu prato... alface americana, alface crespa, rúcula, agrião, acelga, cenoura ralada e dois apetitosos ovos cozidos... R$2,69! Imaginem o qto não terei no Ticket até o fim do mês?! Tá vendo... tem lá suas vantagens.
A verdade é que esse quase-blogueiro passou do que deveria ser seu peso ideal qdo soube que seria papai... já faz quase um ano... afinal, Caetano já está com seis meses e eu não emagreci lhufas! Acontece que as mudanças me deixam aflito, ansioso. E eu como! Como mais que o necessário e que o de costume... resultado: um quase cover do Vinnie Paul!
Mas, cá estamos. Estou disposto a perder a pança que Deus me deu. Pra isso, sei que precisarei de muita força de vontade e nenhum puto no bolso... se me conheço, aqueles pães-de-queijo do metrô me atacariam fácil, fácil.
Vou postando as novidades e os delírios que a fome me causar... logo volto com novas!
Abraço!
Hoje começo uma nova etapa na minha vida. E toda essa papagaida é só pra dizer que, mais uma vez, estou de regime! Dieta! Passando fome! Boca seca mesmo!
Já fiz essa dieta um tempo atrás, qdo era mais novinho, e perdi milagrosos 15Kg em milagrosos 15 dias. Passei fome, mas funcionou. Esse papo de nutricionista não rola comigo... tem de ser na base do choque, passando fome mesmo! E cá estou... com o estômago ameaçando comer o fígado... Não! Melhor que ele coma um rim, porque o fígado eu uso muito ainda...
Enfim... gastei R$2,69 pra almoçar hoje! Uma variedade incrível de tons de verde no meu prato... alface americana, alface crespa, rúcula, agrião, acelga, cenoura ralada e dois apetitosos ovos cozidos... R$2,69! Imaginem o qto não terei no Ticket até o fim do mês?! Tá vendo... tem lá suas vantagens.
A verdade é que esse quase-blogueiro passou do que deveria ser seu peso ideal qdo soube que seria papai... já faz quase um ano... afinal, Caetano já está com seis meses e eu não emagreci lhufas! Acontece que as mudanças me deixam aflito, ansioso. E eu como! Como mais que o necessário e que o de costume... resultado: um quase cover do Vinnie Paul!
Mas, cá estamos. Estou disposto a perder a pança que Deus me deu. Pra isso, sei que precisarei de muita força de vontade e nenhum puto no bolso... se me conheço, aqueles pães-de-queijo do metrô me atacariam fácil, fácil.
Vou postando as novidades e os delírios que a fome me causar... logo volto com novas!
Abraço!
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