11.8.10

E essa agora?

mas qual é? eu não to pedindo nada.
nada além do que já foi meu. nada além do pouco que você me deu.
a migalha. as mentiras sinceras. o amor que a gente inventou.
o resto é dele. será dele. e é assim que tem que ser.
a derrota é minha. a dor, se é que existe, é minha.
só que você me deve o prazer que eu nunca mais arranjei.
você me deve o calor que eu nunca mais consegui.
você me deve as lembranças das quais me alimentei até hoje.
e não me vem com essas porque eu sei o quanto você se molha enquanto eu falo.
eu sei o quanto você geme enquanto pensa em mim, enquanto pensa na minha língua...
enquanto pensa no meu pau estourando a calça te sentindo montada em mim... dentro da sua casa...
não. não é sujeira. aquilo ali, em algum momento foi sincero. e foi puro. nato.
brotou da gente e rompeu a carne. esfolou o espírito. arranhou a alma.
querendo ou não, eu e você estamos marcados pro resto da vida. dessa e das próximas.
o que é certo ou não, eu não quero saber. e prefiro que você também não saiba.
prefiro você louca.
é mais fácil te convencer que foi só o que você quis que acontecesse que te convencer que isso é nosso e será pra sempre.
ou que é isso que você quer e não quer acreditar...
é mais fácil dizer pra você não ter vergonha. me convém.

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